9 de outubro de 2010

Camisetas que dizem tudo - John Lennon

Hoje vou iniciar uma categoria de posts chamada Camisetas que dizem tudo. Serão sempre camisetas cujo valor da estampa é maior do que a camiseta em si, com a explicação dessa estampa e uma sugestão de look.

Tudo o que veste uma pessoa pode ser significativo em relação à representação de sua personalidade, de sua rotina, de seus hábitos, de seu estilo de vida: uma calça encardida, uma dependência extrema dos últimos lançamentos da moda, o tamanho da saia, as cores no guarda-roupa etc. E, nesse mundo de representações através da roupa, as camisetas com dizeres ou figuras muitas vezes servem como uma forma de comunicar aos outros os seus pensamentos e filosofias de vida: "denunciam" de qual banda você é fã, pra qual time você torce, mostram seu bom humor, seu humor negro, suas inclinações políticas...

E, num dia 9 de outubro, no blog de uma beatlemaníaca como esta que vos bloga, nada menos inesperado que o primeiro post fosse dedicado ao Cara que estaria completando setenta anos: John Lennon \o/



Pois é, neste caso dispenso demais apresentações...

A camiseta que diz tudo do dia é uma que eu tenho há muitos e muitos anos mas que nunca deixou de passar a mesma mensagem - parece até que cada vez mais seu conteúdo se torna mais pertinente: uma foto do John Lennon com a frase de uma célebre música sua, Give peace a chance.



A camiseta foi uma pechincha fenomenal. Não me lembro exatamente do preço, mas comprada em uma feira de artesanato em Saquarema durante o carnaval, quando eu possuía R$25 para passar cinco dias e usufruir deste valor tanto com comprinhas básicas quanto com caipifrutas e cachorros-quentes, certamente ela custou menos do que dez contos. E essa é uma prova para contradizer quem diz que roupas de grandes marcas são as que duram muito. A camiseta existe em meu guarda-roupa há quase dez anos! Depois de compor looks pseudohippies, servir de camisola, estampar jornal em notícia de passeata no centro do Rio de Janeiro, cá está ela hoje em um look eternamente contemporâneo (a clássica combinação jeans + camiseta branca, com alguns acessórios coloridos):

Calça de uma lojinha da Voluntários da Pátria: R$39,90
Óculos da Espaço Carioca, no SAARA: R$20
Bolsa da Marisa: R$59,90
Casaquinho da Renner: R$15,90
Melissa Desire da Triton: R$70
Minha perninha estilo Ramones: não tem preço

E pra terminar, deixo aqui uma das músicas de que eu mais gosto,
Imagine:

Imagine there's no heaven
It's easy if you try
No hell below us
Above us only sky
Imagine all the people
Living for today
Imagine there's no countries
It isn't hard to do
Nothing to kill or die for
And no religion too
Imagine all the people
Living life in peace
You may say
I'm a dreamer
But I'm not the only one
I hope some day
You'll join us
And the world will be as one
Imagine no possessions
I wonder if you can
No need for greed or hunger
A brotherhood of man
Imagine all the people
Sharing all the world
You may say,
I'm a dreamer
But I'm not the only one
I hope some day
You'll join us
And the world will live as one


Feliz aniversário, John!

3 de outubro de 2010

Brechós virtuais são o maior barato!

Há uns dois anos a minha irmã, Anna Kovsky, resolveu criar um brechó itinerante com uma amiga. Pegaram as roupas velhas que tinham em casa, criaram um blog e divulgaram na rede que todos os domingos estariam em um ponto diferente da cidade vendendo, comprando e trocando vestimentas, sapatos e acessórios. Qual não foi a surpresa das duas quando, no primeiro dia, com tudo já posto em um gramadinho sob a árvore de um parque, apareceu um fiscal da Secretaria Municipal da Indústria e do Comércio e quase confiscou tudo.

Aí passou um tempo, as roupas velhas continuaram aqui em casa, a amiga se mudou e então minha irmã descobriu que existia um mundo paralelo e maravilhoso dos brechós: os brechós virtuais.

O esquema dos brechós virtuais é básico: a pessoa tem um perfil em alguma rede social, divulga ali o que possui, o que gostaria de adquirir e coloca detalhes em relação à sua negociação – se está disponível para trocas, qual tipo de envio prefere etc. Olha só o perfil do Cerejeira Brechó:

No caso específico da Anna, ela negocia tudo pelo orkut e pelo MSN com pessoas de todo o Brasil e além disso participa dos encontros de brechozeiras de Porto Alegre, que acontecem toda semana no Mercado Público. Lá todo mundo leva a sua sacola cheia de produtos, e a sala dedicada ao encontro torna-se um verdadeiro feirão. Semana passada eu fui dar um confere, e vi que a coisa é bem séria:



Muita gente ali leva a atividade a sério. Segundo a Anna, uma grande dedicação pode gerar até R$200 de lucro por dia em brechós fixos (como na foto acima) ou por mês em um virtual. Não é o caso dela, que encontrou no brechó apenas uma forma de se livrar das roupas inutilizadas em casa e renovar seu guarda-roupa de forma ou gratuita ou muito barata. Geralmente uma blusa custa de R$3 a R$5; um vestido, R$10, assim como bolsas, óculos. “É como se fosse um escambo, a gente pode negociar sem precisar de dinheiro, e isso é legal porque não fomenta o capitalismo. E depois que eu comecei a negociar com os brechós, aprendi a valorizar muito mais as roupas, saber quanto cada uma custa, o preço que elas merecem.”


A gente fofocando na entrada do Mercado Público (e eu com a minha sacolinha).

É claro que para conseguir boas peças é necessário garimpar bastante (tanto pela internet quanto nos encontros). Encontram-se muitas coisas velhas demais, em péssimo estado, mas os brechós são verdadeiros tesouros. Como disse uma brechozeira no encontro, o que é feio pra você sempre vai ser bonito pra alguém. Então já sabe: aquela sandália da Wanessa Camargo que você usava aos dez anos, aquelas roupas cafonas que a sua sogra lhe dá e diz que são a sua cara, as meias de presente de aniversário e Natal já têm um destino. E o legal é que, nesse passa e repassa, você quase nunca sai com as mãos vazias!

Pra quem não acredita na eficiência desse mundo, seguem alguns looks das melhores aquisições feitas por ela.

Short de cintura alta (trocado por uma bolsa, mas que custava R$8 no Bazar da Jujuba) + regata da Renner (trocada por duas pulseiras, mas que custava R$5 no Goldem Trocas e Vendas) + bolsinha de motivo hindu (R$5 no D’Antiquités Brechós e Sebos de Palmeira das Missões-RS) + sapato (R$5, em um brechó beneficente em Canoas):

Vestido (comprado por R$5 no Coisas de Brechó) + bolsa ecológica (trocado por uma blusa no Brechó Segredo):

Saia (trocada por uma legging arrastão, mas custava R$10 no Tetelestar) + Corpete (novo, de uma marca famosa, trocado por dois vestidos, que custava R$40 no O TAL BRECHÓ, de Ribeirão Preto-SP):


Vestido (trocado por dois DVDs no D’Antiquités, mas o vestido pertencia ao Brechó Morena Poa):

Vestido/ blusa (Bárbara Shopping, R$5) + bolsa (R$15, no Brechó Chez Moi):

Ou seja, com uma média de R$30, é possível montar um look COMPLETO e ainda se livrar daquelas peças pouco queridas!

26 de agosto de 2010

A macumba é da boa!

No mês de junho, no look de Copa do Mundo, postei aqui a foto de uma pulseira cheia de de olhinhos gregos, um talismã que, segundo alguns, é poderoso contra mau-olhado.





Falando em talismã, certamente você encontrará alguém que conte com o poder de algum amuleto, seja esse de procedência africana, turca, cristã, hindu, celta ou desconhecida mesmo. O fato é que, principalmente no Brasil, devido ao nosso grande sincretismo religioso e à nossa miscigenação étnica, temos o hábito de incorporar crendices de todos os cantos. Já li que crendice está atrelada à baixa escolaridade, pelo fato de se tratar de uma crença irracional, mas, partindo deste princípio, nem as religiões - quaisquer que sejam - nem mesmo as mitologias poderiam ser aceitas por grupos escolarizados. Ou seja, não faz sentido. Enfim. Amuletos são apenas a transferência do desejo de felicidade a um objeto concreto. Como se diz em francês, amuleto é porte-bonheur (porta-felicidade).

E, claro, como somos criativos demais, não tardou para que a crendice virasse moda. Dia desses tava reparando na quantidade de talismãs que as pessoas usam como adorno, inclusive eu. Desde tatuagens com dizeres bíblicos, camisas de São Jorge, acessórios de porte-bonheur etc.

Um dos meus preferidos é este colar cheio de coisinhas macumbísticas, comprado na feira de artesanado de Porto Alegre. É da barraca de uma tia que só trabalha com couro.



Aqui temos sal grosso, uma nota de um dólar, um patuá, olho grego, trevo de quatro folhas, uma boneca de vudu, pimenta. Custou R$25, mas é tanta felicidade que valeu o investimento, rs.

Como diz aquela célebre frase no filme Cidade de Deus: olho grande seca até merda na chuva. Seja lá com olho grego, culto a Jesus Cristo nosso senhor, arruda atrás da porta, axé da Pomba-Gira na umbanda, banho de sal grosso ou incensos ou simples dizeres sai pra lá, olho gordo, chuta que é macumba ou volta pro mar, oferenda, é sempre bom se prevenir de um olhão e se livrar daquelas energias ruins. Se for num super style melhor ainda. Ah, e parar de dizer que tem invejinha dos outros também é bom. Ficadica.

E quem nunca ouviu falar nos brincos de filtros dos sonhos que aqueles hippies vendiam no Largo da Carioca, nos áureos tempos? Todo mundo já deve ter tido um brinco com um desses, ou ao menos viu alguém usando. A origem é indígena, de tribos norte-americanas e, como sugere o próprio nome, serve para captar os sonhos e as energias ruins, as más vibrações. Verdade ou não, só o fato de a pessoa já ter um filtro dos sonhos consigo já demonstra a intenção de espalhar ao seu redor as good good good good vibrations. Este que eu tenho foi feito por um amigo, o Suriel. Pra combinar com ele, o tão famoso terço budista, que virou febre no Saara em 2003, conhecido como Pulseirinha da Dóris da Novela.



Há também camisetas com temática hindu (Ganesh, Sarasvati, Laksmi, deuses da fortuna, das artes, do conhecimento), sem contar com a riqueza decorativa dos budinhas e sapinhos da fortuna com moedinhas que são bonitinhos e enfeitadinhos para colocar no quartinho. Oin, que inho.





Bom, a pulseirinha de olho grego que veio lá da Turquia não adiantou muito na Copa, e o Brasil perdeu nas quartas. É claro que macumba por si só não adianta (quem me conhece sabe da história que em 2001 eu fui na festa da Pomba e pedi a ela e ao Exu pra passar no concurso do CEFET e não passei, rs). Mas tem uma simbologia bonita, muitos são esteticamente agradáveis e representam muito da nossa cultura.

E a sua macumba, qual é?

11 de agosto de 2010

Todas as porcarias do mundo!

Quem me conhece sabe também de um grande dom que eu tenho, que é o da prolixidade. Sempre que falo demais – ou seja, sempre mesmo –, me lembro de uma estratégia que uma professora lá na Nicarágua (escola municipal em Realengo onde estudei um tempão) usava pra fazer os alunos pararem de falar, que era a seguinte ameaça: “Quem não parar de falar agora vai comer todas as porcarias do mundo!”.

O problema é que, por uma questão de significados distintos, essa estratégia NUNCA funcionava comigo. Nunca. Meu pai, professor de biologia e de “ciências da saúde”, vivia dizendo que porcaria mesmo era chocolate, batata frita, coxinha de galinha, doce. Na minha interpretação, se eu não parasse de falar e ainda comesse todas as porcarias do mundo sob a autorização – mais do que isso: a obrigação – da professora, estaria saindo no lucro!

Bom, o fato é que, chegando em Paris, eu constatei que a cidade é simplesmente uma perdição para todas as crianças que adoram porcaria e para todos os adultos cuja remanescência gulosa de infância causa momentos de felicidade. É muito difícil encontrar um lugar acessível com saladas e essas coisas insípidas, mas você realmente pode ser feliz se não tiver dinheiro e/ou escrúpulos com o seu organismo.

Pra começar, as estações de metrô possuem sempre maquininhas com refrigerantes e doces. O melhor de todos os doces é o Kinder Bueno, da mesma marca do Kinder Ovo. Nessas maquininhas, um pacote com duas unidades custa 1,20€, e no Monoprix o pacote com seis custa 2€. No Brasil o preço geralmente quadriplica. Chupa essa manga, digo, esse chocolate.

Eu buscando um Kinder Bueno maravilhoso.

Felicidade de comprar Orangina, um refrigerante cheio de gominhos de laranja.


Não, isso sem falar no PICOLÉ DE TWIX que vendem no mercado! A emoção era tamanha que não tiramos foto, mas a parada vinha com 6 unidades e custava tipo uns 2,50€.

Pô, e na hora em que a fome bate? Nada melhor do que aquele Subway esperto. A coisa boa é que estudantes têm direito a um “Menu especial”, em que você paga 5,50€ (o equivalente a menos de R$15) e tem direito a qualquer sabor do Subway, inclusive aqueles que a gente nunca pede porque não fazem parte da promoção do sanduíche do dia (no Brasil eu só peço almôndegas), mais um copo com 400ml de bebida e um cookie.



Acho que provei todos os sabores caros!

É claro que estão no roteiro gastronômico todos os queijos, como o de cabra, o brie, o roquefort, o camembert (que fede pra daná mas é gostoso...) e os patês de aves estranhas e ricas.

E, pra finalizar, a descoberta da porcaria mais porcaria! O fast food de Paris, tipo um genérico do Mac Donalds, chamado Quick Burger, também oferecia seu menu estudante: você pegava a oferta (sanduíche, batata e refrizão), apresentava carteirinha, pagava 1€ a mais e ganhava o DOBRO! A oferta custava em média 6€, e o sanduíche era generoso em tamanho e em gordura:


Hmmm...

Bom, eu poderia virar a noite falando das maravilhas comestíveis parisienses, mas acho que já falei demais e comprovei o dom que me garantiu todas essas porcarias. Né verdade?

7 de agosto de 2010

Os esmaltes parisienses e a grande descoberta na Sephora

Quando eu estava fazendo as malas, coloquei apenas um esmalte na nécessaire, esperando comprar o resto aqui. Qual não foi a minha decepção ao chegar e encontrar apenas esmaltes caríssimos, inclusive na minha querida rede de supermercados Monoprix, cujos preços de esmaltes no solde são de, em média, 5€. Um absurdo! Decidi que, enquanto estivesse em Paris, não faria mais as unhas.

Mas essa cidade é uma caixinha de surpresas! Estava na Sephora seguindo as dicas da nossa querida e já famosa Mari quando vi uma imperdível cestinha de soldes (brilho nos olhos). Uma embalagem de Vernis adhésif, um trocinho que lembrava unhas postiças, porém mais molinhas e coloridas: eram esmaltes adesivos que prometiam unhas feitas instantaneamente, sem necessidade de acetona, acabamento, sem trabalho algum, sem precisar secar nem nada!





Viva a Sephora!

E o mais legal de tudo: um solde de 7,90€ por CINQUENTA CENTAVOS.
Pra se ter uma ideia do efeito da parada, eis uma foto das minhas unhas:



Sabe-se lá o porquê, na embalagem há dezesseis adesivos, sendo que, bem, geralmente temos dez unhas nas mãos. O fato é que, com dezesseis adesivos, se você usa uma vez, lhe sobram unhas, e se você usa duas vezes, lhe faltam. Coincidentemente, eu roí duas unhas antes de uma prova, então acabei podendo usar os adesivos duas vezes, mas confesso que até hoje fico me questionando sobre qual terá sido o motivo dessa quantidade insólita. Um dia eu escrevo pra eles e pergunto...

Aliás, pra ser sincera só vale a pena mesmo porque custou cinquenta centavos! No fim das contas a gente está muito bem acostumada com acetona, o palitinho etc.

Depois, com o tempo, conhecendo melhor a rotina da cidade, vão sendo descobertas outras coisinhas. Uma delas são os esmaltes a 1€ em barraquinhas de estações de metrô, tipo a Châtelet (uma estação que faz várias conexões com outras linhas e que possui uma quantidade infinda de barraquinhas e lojinhas baratas... baratas MESMO! Foi lá que presenciei uma loja de vestidos a 15€, cuja gerente ficava na porta gritando algo como "Não percam nossos soldes, vestidos a quinze euros, quin-ze-eu-ros!").

Há também a rede Yves Rocher, que é uma espécie de O Boticário europeia e que vende esmaltes de 1,25€ e alguns outros mais caros. Os baratinhos são cores feias, cintilantes, uma cafonice que só. Mas ótimo pra dar de presente pros outros dizendo que comprou numa loja de Paris e tal, hehehe. Pra não dizer que fiquei só na vibe do Pedro Luís, comprei também uma unidade de 3€, esse vermelho-puta maravilhoso que segue abaixo (os pequenininhos são os souvenirs):



*Post escrito e não finalizado em 16 de julho, porém, devido à falta de tempo, só postado hoje, em casa mesmo.

15 de julho de 2010

Paris e a época de soldes: a maravilha das promoções na cidade

Não, gente, o Brasil Fashion Pobre não acabou. Depois de praticamente um mes sem postar, eis que eu estou de volta! Acontece que, desta vez, sob o titulo, em frances, de Brésil Fashion Pauvre, pois nas ultimas semanas vim fazer um curso em Paris (ooo); mas é claro que, mesmo estando sem tempo (e sem internet) para acessar o Blogger, o que nao falta é assunto para falar aqui, pois, afinal, Paris é a cidade da moda!

Pois bem, não poderia haver alegria maior para uma pessoa louca por promoções do que chegar na cidade na época das liquidações, ou dos "soldes", como dizem por aqui. Agora é a época dos soldes de verão e ainda é possivel pegar um pouco dos soldes de inverno. Uma verdadeira perdição para os consumistas. Lojas põem marcas como GAP, Sephora, Yves Saint Laurent, Chanel, Ralph Lauren, MAC, e outras grifes inimaginaveis (coisas que eu nunca pensei ver pessoalmente na minha vida) a descontos de até 75%, euforia coletiva para mulheres de varias partes do mundo reunidas em uma so cidade.

Ha uma GAP na esquina da rua onde eu estou "morando". Daqui a pouco posto uma fotenho. Nela encontrei alguns trench coats a 16€, calças jeans a 19€, camisetas com a estampa "GAP PARIS" (para fazer a alegria da familia) por 5€, tudo da coleções que estão para terminar.

Mas Fashion Pobre que se preze não perde a compostura (alias, não ganha) nem em Paris. E é obvio que eu não abandonaria minhas origens, rs. O suprassumo dos soldes, na minha opinião, não foram as grandes marcas, e sim a grande rede de supermercados chamada Monoprix. Monoprix é tipo uma Lojas Americanas, em que é possivel encontrar desde esmalte, shampoo e meia-calça até alface, cenoura e queijos das mais diversas procedencias. Foi no Monoprix da Avenue Champs-Elysées que eu encontrei uma promoção perfeita e sai feliz que nem pinto no lixo.



Pois bem, achei uma bolsa preta basiquissima, aparentemente resistente e bem-acabada, com cheiro de couro (o que da a impressão de ser de couro, rs), uma saia muito fofa e um pacote de lenços para levar na bolsa, nesse calor desgraçado que faz aqui, e pra tapar o nariz dentro do metro (sim, as pessoas tem cece aqui; não parece ser uma questão de falta de higiene, mas de desodorante mesmo), pela barganha de 30€.






Contando que comprei euros a R$2,35 no Brasil, a festinha saiu por uma média de R$70. O preço de uma bolsa da Renner, mais a oportunidade de encher a boca pra dizer que a bolsa foi comprada na Champs-Elysées.

E, falando na Champs, com licença, que hoje* é 14 de julho (feriado nacional) e disseram que la no Arco do Triunfo estão dando brindes pro povo, e eu é que não vou perder essa boquinha!

*Texto escrito no dia 14 de julho, mas so postado hoje, no laboratorio da Sorbonne.

17 de junho de 2010

Brazil Fashion Poor: quem não pode Nova York vai de Madureira!

Há uma música do Zeca Baleiro chamada Vai de Madureira que diz: "quem não tem Las Vegas vai no Bingo de Irajá, quem não tem Beverlly Hills mora no BNH, quem não pode Nova York vai de Madureira...". A primeira vez em que eu ouvi essa música foi em 2003, no Canecão, e a achei genial por destacar de forma tão bem-humorada alguns aspectos da vida suburbana e aquele jeitinho brasileiro de nunca ficar na mão. Durante muito tempo a música circulou somente pelos seus shows, e finalmente anos depois o Baleiro resolveu registrá-la em um álbum, o Coração do homem bomba, e com uma roupagem diferente, para a alegria dos seus fãs.




A música serviu para apresentar a vocês a primeira correspondência internacional do Brasil Fashion Pobre! É, minha gente, esse post tem título inglês e é Brazil Fashion Poor, numa matéria feita em Nova York, olha que chique! Mês passado, a Mari, uma leitora do blog de quem eu gosto pra caramba, passou as férias lá e trouxe várias dicas de comprinhas pra gente (as fotos são uma seleção minha, que preferi não colocar pontos turísticos, e sim algumas imagens que julguei peculiares e fugidias ao glamour nova-iorquino).

Tiozinho na entrada de algum metrô com objetos não identificados.

Camisetas, criancinhas sendo pintadas e um cara gato de boné no canto.

Tiozões em frente a um museu (qual museu mermo, Mari?)


Tá, aí vocês vão dizer: mas a moda não é do pobre brasileiro? Pois é. O dinheiro pra uma passagem a Nova York não é lá um trocado que se encontre no bolso, e ir pra cidade que nunca dorme não é uma decisão tão simples como pegar um Supervia e descer em Madureira pra fazer compras no Mercadão ou no Polo 1. Porém, segundo os relatos da Mari, chegando lá, existe uma semelhança relativa no que diz respeito às pechinchas brasileiras, já que Nova York pode ser o antro das sacoleiras e o verdadeiro delírio pra quem procura por um precinho camarada. Ela escreveu um depoimento dividido em várias categorias e com fotos para cada uma. Agora é com ela. Vai que é tua, Mari:






Saias: Não sei se US$6 é um preço meio padrão pra saias, o fato é que paguei US$6 por cada uma delas em lojas diferentes! A de cima foi na HM, a curtinha num brechó chamado Angel's Thrift e a de jeans na Century 21. Amei, pois aqui não sei se na Voluntas se encontra saia de tecidos bons por R$10. Ah, na foto coloquei também a meia-calça que todo mundo amou e quer igual! Comprei por US$12 e vi que a Lupo tem uma bem parecida por R$39,90. É caro, mas ainda é menos que o dobro.






Lenços: Grande euforia da viagem! Muitas barraquinhas vendendo 5 peças por US$20. Ou seja, isso dá menos de R$8 cada lenço pela cotação de hoje. Indianos atutênticos, hehe. Comprei pra família inteira! Bom, os meus 5 escolhidos da barraquinha na verdade não estão nessa foto porque 2 deles dei pra minha mãe e pra mana. Então substituí com outros que comprei na Zara e que têm mais a ver comigo :D
O preto com florzinhas recortadas foi US$15, e o xadrez, US$9,90. Claro que comparando com os outros parece carinho, mas é só ver que na Renner um lenço sem graça custa R$29,90 que já compensa.





Calcinhas Victoria's Secret: Fiz uma montagem pequeninha porque minhas lingeries não são públicas, né! :P
Mas realmente foi um achado inesperado ver ilhas e mais ilhas com 5 peças por US$25 . Tá, na Marisa até tem mais baratas, mas elas não têm todo o fetiche e glamour das lingeries Victoria's Secret, oras! É de enlouquecer ver todas aquelas cores, texturas e tamanhos... tamanhos inclusive é uma coisa que chama atenção, pois é bem difícil encontrar algo que não seja extremo como fio-dental ou sunguinha. Mas de qualquer forma são uns amores <3>





Esmaltes: Os esmaltes foram uma leve extravagância da minha parte consumista, já que lá eles não são baratinhos como Risqués e Coloramas da vida e eu comprei mais de 10. Os vidrinhos custam em média US$8, da OPI e Essie, e de US$2 a US$5 as outras marcas como Revlon, Sephora, Rimmel etc. Na hora refleti muito se um esmalte realmente valia em torno de R$15,00, mas quando vi no Mercado Livre os mesmos à venda por R$35, me senti confortada. Alguns desses têm secagem inacreditavelmente ultra-rápida, mas fora isso e as cores incrivelmente lindas, os nossos não ficam muito atrás não.





Maquiagens: Outro delírio completo! Quase todas as comprinhas fiz na Sephora e na Duane Reade também. O que mais gostei de tudo foi o primer da Smashbox, que saiu por apenas US$13,00 (mais barato que o Magix da Avon!) e é simplesmente maravilhoso! Segura a maquiagem por muito tempo e deixa a pele lisinha, quase não dá pra acreditar que um produto baratinho assim faz todo esse milagre. Baratinho lá, porque no ML tá por R$60 (e tem gente que compra, quá quá). Outro da mesma série é o fabuloso lápis da Urban Decay por US$17, que na hora pareceu caro em comparação aos da Sephora que custam apenas US$5, mas depois vimos que no querido Boticário um lápis custa R$35. Quero voltaaaaar!


Então, ficam as dicas espertas de compra pra quem porventura tiver um trocado no bolso pra pegar um avião e ir pra lá. Não, sacanagem. Falando sério, é notável como os preços em Nova York também são super acessíveis, e quem gosta de uma pechincha se dá bem pra caramba. Problema mesmo é chegar lá. Mas enquanto a Mari passeia, a gente fica olhando as fotos, afinal, como já canta o Zeca há um tempão, quem não pode Nova York...

12 de junho de 2010

A Copa do Mundo é nossa!

Pois é, meu povo, começou a Copa do Mundo!

Na Copa do Mundo acontecem coisas muito engraçadas: as pessoas que ao longo dos demais quatro anos não entendem de futebol e sequer se interessam pelo esporte passam a dominar o assunto, a acompanhar o mundial, a palpitar com muita propriedade, a vibrar em um movimento nacionalmente uníssono que, se fosse assim pra todos os quesitos do nosso país e sempre, tudo funcionaria mais rápido e melhor ou simplesmente funcionaria. Faz parte, já diria o sábio Kléber. Afinal, quem é esperto não perde a oportunidade de fazer uma festa e, gostando ou não de futebol, não tem medo de ser feliz. E, acompanhando esse movimento, eu faço tal qual Seu Boneco e... vou pra galera!

Copa do Mundo é uma coisa bacaníssima de se ver; são poucas as situações em que você chega em um ambiente público repleto de pessoas estranhas e compartilha com elas a mesma ansiedade, a mesma expectativa, a mesma tensão, convivendo durante 90 minutos com desconhecidos como se fossem companheiros de longa data e trocando olhares que sabem o que significam. E no fim, todos, naquele momento, acabam por tornar-se cúmplices de algo que não se sabe bem o quê, mas são. Aliás, sabemos sim: cúmplices de uma paixão, oras! A paixão pelo futebol, a paixão de ser brasileiro: nem que seja só na Copa do Mundo. \o/

E na Copa as pessoas geralmente também pensam no figurino; em colocar aquela camiseta esperta da seleção brasileira, em fazer uma decoração em casa ou no comércio etc. O problema é que a combinação das cores da nossa bandeira é uma coisa pra lá de difícil, e pra ultrapassar a fronteira da cafonice basta um descuido. Como pobre que se preze não tem nunca dinheiro pra morrer na compra da camisa oficial, eu pensei em uma roupinha que usasse as cores da nossa pátria amada de modo que tentasse – veja bem, tentasse – não ficar muito brega. E usando acessórios disponíveis em casa mesmo.



Regata pseudocanarinho da Marisa, R$5,90;
Colar feito por mim mesma (florzinha dada de presente pela minha irmã);
Calça de uma lojinha qualquer, R$49,90;
Faixinha verde da Feira da Redenção de Porto Alegre, R$8;
Bolsa da Ellus, R$60.
Melissa Love Li (na liquidação), R$39,90

Uma foto especial dos acessórios (fotos tiradas pela minha mãe, na manhã ensolarada de hoje, quando os hermanos argentinos venciam da Nigéria). Mamãe insistiu que num post sobre as cores brasileiras eu deveria mostrar de perto os acessórios perto de um pé de tangerina, que era a cara do Brasil, rs.



Atenção para a pulseirinha repleta de olhos gregos (ou olhos turcos). Considerado um talismã contra o mau-olhado, a pulseirinha não apenas serve para combinar perfeitamente com todas as cores da nossa bandeira como para afastar toda a ziquizira possível na hora do jogo:




Inspirada na camiseta dos EUA - jogo ao qual eu assisto agora, 1x1 com Inglaterra -, pensei em outro look, que também tem a ver com a Copa, com o Brasil e com uma campanha que tenho feito desde a escalação do Dunga. E aí, qual roupinha vocês preferem?

2 de junho de 2010

O baratinho pelo baratinho: compras inúteis

Na semana retrasada postei um look básico para friozinho, mas o que mais repercutiu no post não foi o look, e sim o fato de eu ter comprado uma bota número 35, calçando 37, porque ela estava na liquidação. Me perguntaram se meus pés não ficavam apertados, se eu não morria caminhando, mas, por incrível que pareça: não, ela é superconfortável! O pior é que eu tive sorte mesmo, porque o couro cedeu, mas esse tipo de sorte nem sempre acontece.

No ímpeto por um precinho camarada, muitas vezes a gente acaba considerando muito mais o preço do que a peça em si e comprando coisas absolutamente inúteis, desnecessárias, sem qualidade (ou tudo junto), só porque elas estavam baratas demais.




A Lais, minha grande amiga de fé, irmã camarada e futura historiadora da arte, divide comigo não somente as coisas boas da vida (a beatlemania, as limonadas no Largo da Carioca, os e-mails quilométricos e os fantasmas do Theatro Municipal), mas também a tendência bizarra de fazer compras esdrúxulas. E, claro, depois correr pro MSN e contar uma pra outra. Eu pedi que ela falasse sobre algumas burradas, e ela escreveu um depoimento sobre duas situações no mínimo jocosas.

Quando o assunto é moda sofro de duas enfermidades irmãs. Falta-me paciência, sobra-me pão-durice. E é quase sempre assim que cometo uma burrada. Araras lotadas me dão taquicardia, afinal, como olhar aquele mundo de opções uma por uma e no fim perceber que talvez nenhuma te agrade? No meio de tanta gente fashion e descolada, a busca por aquela calça jeans reta, sem nada, pode se tornar uma via sacra.

No topo do pódio de minhas compras burras está uma sapatilha dourada da Soulier. Explico: eu procurava por uma bege, mas depois de duas horas procurando por todas as lojas do Shopping Tijuca, a falta de paciência me traiu com um "ah, nem brilha tanto assim". É claro que só usei uma vez, no ano novo, crente que ela me traria ao menos prosperidade para comprar outra. Essa nem foto tem, acabei dando mesmo.

No ano passado fiz uma limpa em meu armário, e a quantidade de blusinhas de R$1,99 a R$ 9,99 com estampas ridículas que não foram usadas sequer pra dormir tamanha era vergonha de mim mesma em vesti-las era algo impressionante. Também foram destinadas ao saco de doações algumas blusas até bonitinhas, porém compradas com a intenção de serem usadas após a perda de dez ou quinze quilos, outras com as mesmas características mas do tamanho EXG que nunca foram apertadas e algumas outras peças simplesmente sem explicação.

Felizmente o desapego é algo que habita o meu ser, e já consegui me desfazer de grande parte dessas coisas. No entanto, descobri alguns itens que ainda subsistem sob meu teto.





A bolsa foi comprada no Calçadão de Campo Grande por R$19,90, só porque custava R$19,90, em um momento de total insanidade. Não usei nenhuma vez na vida; ia doar, minha mãe pegou no ímpeto e também nunca usou. Uma das bolsas mais feias que já vi na minha vida. Pra acompanhar, coincidentemente no mesmo ano achei na C&A uma sandália que até nem é tão feia, mas que comprei sabendo que nunca usaria devido ao imenso salto e à incompatibilidade total com o meu estilo, e o fiz apenas pela remarcação em sua etiqueta: R$9,90. Foi usada apenas uma vez, no primeiro dia de aula do terceiro semestre, quando entrei na PUC com a sandália e saí de lá descalça.

E o que dizer, por exemplo, do meu sonho de ter um trench coat? Com o salário do CNPq, em 2007 fui à Voluntas e comprei um genérico por R$29,90. Tecido vagabundo, corte malfeito, sem mais palavras:



Outra coisa que a gente aprende com a vida é que, não é porque você foi a um seminário bacana, em que conseguiu assistir às palestras até o fim sem dormir, que você vai comprar uma camiseta de malha do tal evento, por mais baratinha que ela esteja. A não ser que seja pra dormir ou se for pra ajudar o pessoal da organização. Porque, cá entre nós, moça nenhuma vai sair com uma blusa destas:




Geralmente as comprinhas em que a gente se fode bonito são feitas na pressa, por não se ter pensado mais de uma vez, por impulso mesmo. Compras maravilhosas podem ser garantidas a preços mais maravilhosos ainda, mas paciência e disposição são totalmente necessárias - ou sorte, vá lá. Eis algumas dicas para que não caiamos na armadilha de comprar tudo o que aparece à nossa frente sob o argumento de um preço baixo:

1 - Pegue a peça, mas continue caminhando pela loja, olhando outras e considerando a probabilidade de encontrar uma mais legal ainda;
2 - Imagine se aquela roupa que lhe assola o coração consegue fazer PELO MENOS três combinações com outras peças que você tem em casa, senão o risco de usá-la só pra dormir ou de ter de comprar outras roupas pra combinar com ela é grande;
3 - Leve a peça para o provador. Se aquela roupa não deixar você, uma árdua trabalhadora brasileira, no mínimo linda, maravilhosa, absoluta, ela não merece ser levada;
4 - Se a roupa tiver um tamanho menor do que o seu, sejamos realistas: você NÃO vai emagrecer só por causa dela;
5 - Pense em todas as ciladas compulsivas consumistas em que você já se meteu e se lembre das roupas sem utilidade em casa.

Mas, como já foi dito, tudo pode ser também uma questão de sorte. Quem garante isso é a própria Lais:

Prova de que nem sempre ser sovina é mal negócio é um vestido que comprei na Renner. Um daqueles de 100 pratas, que a gente pega pra "dar uma olhadinha". Qual foi minha surpresa ao constatar a etiqueta de R$19,90? Tá certo que ele era PP, mas coube direitinho. Aliás, eu poderia levá-lo só para provar que um dia coube em um Pequeno P. E como este era meu dia de sorte, saí da Renner levando duas blusas e um vestido por 40 pilas. Na hora de bater, a caixa constatou que ele saía por R$9,90. Claro que depois eu arranquei todas as etiquetas promocionais para ver o preço original. Pasmem: R$109,00 e uma infinidade de etiquetas sobrepostas. 109,00 por 89,90... 89,90 por 69,90... 69,90 por 49,90... 49,90 por 39,90 e, por fim, 39,90 por 19,90. No fim das contas acho que eles me pagariam para levar o vestido, mas vai... É bonitinho.

27 de maio de 2010

O milagre da maquiagem - dicas para o cotidiano

Faz pouco menos de dois anos que me apresentaram ao pó pela primeira vez. Eu ainda era estagiária onde trabalho hoje e havia uma outra estagiária também. Acabamos ficando até mais tarde por lá e ela perguntou se eu queria um pouco do pó dela. Desde então passei a observar a vida a partir de outra perspectiva e nunca mais vivi sem um pó na bolsa.

É claro que vocês sabem que não se trata do mundo das drogas, e sim do mundo da maquiagem. Eu, que até então só conhecia o lápis de olho e que achava que era a única pessoa no trabalho e na faculdade que não havia sido abençoada por Deus com uma pele uniforme e sem olheiras, descobri que, sim, era possível viver sem a bênção de Deus mas com todos aqueles atributos com pouco menos de R$5. A Panvel Farmácias possui uma linha de maquiagem com um preço acessível que fez a minha felicidade enquanto eu fui estagiária.

Assim como o photoshop é o milagre do mundo virtual, a maquiagem, se usada no limite, é o milagre no universo feminino.









É claro que, neste caso, prudência e bom senso são as palavras-chave para o tal do milagre, senão o ato de usar maquiagem, cujo verbo mais apropriado é maquiar-se, passa a ter como verbo pintar-se. Provavelmente você já ouviu alguém falar isso. Existe uma tênue diferença entre andar maquiada e andar pintada.



E, se uma pessoa precisa possuir em seu computador um pacote Adobe Photoshop, na bolsa de uma mulher é de grande importância uma nécessaire. Eis a minha:



E, mesmo que eu ainda seja relativamente novata nesse mundo do milagre, digo, da maquiagem, hoje vou passar umas dicas básicas para um makeup básico para ir trabalhar ou ir à aula ou ir fazer qualquer coisa que demande uma aparência natural.

Primeiro, você passa nas olheiras e nas partes do rosto em que houver falhas (espinhas, acnes ou manchinhas) a base mousse da Avon.



A pele vai ficar com uma aparência meio rebocada, mas bem mais sequinha do que se tivesse usado uma base líquida. Depois, você passa um pó compacto, só pra dar um ar mais natural e sem brilho. O que eu uso é o da Linha Intense do Boticário, que custa R$25 e é maravilhoso.



Pronto. A pele já está parecendo que foi abençoada por Deus. Aí, pra delinear os olhos, lápis na parte de baixo, pra realçar o olhar. O lápis retrátil da Elke que eu uso custa R$15, dura uns três ou quatro meses e dura um dia inteiro sem borrar. Nas pálpebras, um delineadorzinho, da Avon também.


Como ele geralmente borra, eu costumo passar uma sombra em cima, só para dar uma secada. O estojo de sombra é a grande pedida, saca só:





Um estojo de NOVE cores de sombra para olhos e TRÊS cores de blush com aplicadores e espelhinhos, de uma marca qualquer, que custou R$18! Uma maravilha das lojinhas fashion pobre!

Após fazer o make nos olhos, finalizo com um rímel. Agora tô usando este escandaloso da Maybelline, mas até hoje não encontrei nenhum que fosse uó.



Gente, agora muita atenção para o blush. O blush deve ser passado nas bochechas para dar uma vida, e, como disse Cinzia Felicetti, uma autora de livros de moda e editora da Vogue italiana, serve pra fazer de conta que você voltou de uma caminhada na montanha. Não é pra fazer aquela bola vermelha na cara igual à Boneca Emília. Tem uma garota com quem eu pego ônibus todos os dias, e todos os dias eu tenho vontade de gritar “OLHA A COBRA! É MENTIRA!”, só por causa da porra do blush que ela passa. A dica é fazer um biquinho mordendo as bochechas e passar o blush levemente na parte mais ossudinha do rosto. E ponto final. Mas que merda, isso.

Nos lábios, um gloss rosa antigo, da Avon também (tudo baratinho encomendado naquela vizinha), super discreto.

Bom, pra vocês verem como o milagre não se resume só às celebridades, tirei uma foto assim que acordei e uma depois de passar a maquiagem basicona.





Então, digam ao Joey Ramone pra não acreditar em milagres; o negócio é maquiagem pra vida!