11 de agosto de 2010

Todas as porcarias do mundo!

Quem me conhece sabe também de um grande dom que eu tenho, que é o da prolixidade. Sempre que falo demais – ou seja, sempre mesmo –, me lembro de uma estratégia que uma professora lá na Nicarágua (escola municipal em Realengo onde estudei um tempão) usava pra fazer os alunos pararem de falar, que era a seguinte ameaça: “Quem não parar de falar agora vai comer todas as porcarias do mundo!”.

O problema é que, por uma questão de significados distintos, essa estratégia NUNCA funcionava comigo. Nunca. Meu pai, professor de biologia e de “ciências da saúde”, vivia dizendo que porcaria mesmo era chocolate, batata frita, coxinha de galinha, doce. Na minha interpretação, se eu não parasse de falar e ainda comesse todas as porcarias do mundo sob a autorização – mais do que isso: a obrigação – da professora, estaria saindo no lucro!

Bom, o fato é que, chegando em Paris, eu constatei que a cidade é simplesmente uma perdição para todas as crianças que adoram porcaria e para todos os adultos cuja remanescência gulosa de infância causa momentos de felicidade. É muito difícil encontrar um lugar acessível com saladas e essas coisas insípidas, mas você realmente pode ser feliz se não tiver dinheiro e/ou escrúpulos com o seu organismo.

Pra começar, as estações de metrô possuem sempre maquininhas com refrigerantes e doces. O melhor de todos os doces é o Kinder Bueno, da mesma marca do Kinder Ovo. Nessas maquininhas, um pacote com duas unidades custa 1,20€, e no Monoprix o pacote com seis custa 2€. No Brasil o preço geralmente quadriplica. Chupa essa manga, digo, esse chocolate.

Eu buscando um Kinder Bueno maravilhoso.

Felicidade de comprar Orangina, um refrigerante cheio de gominhos de laranja.


Não, isso sem falar no PICOLÉ DE TWIX que vendem no mercado! A emoção era tamanha que não tiramos foto, mas a parada vinha com 6 unidades e custava tipo uns 2,50€.

Pô, e na hora em que a fome bate? Nada melhor do que aquele Subway esperto. A coisa boa é que estudantes têm direito a um “Menu especial”, em que você paga 5,50€ (o equivalente a menos de R$15) e tem direito a qualquer sabor do Subway, inclusive aqueles que a gente nunca pede porque não fazem parte da promoção do sanduíche do dia (no Brasil eu só peço almôndegas), mais um copo com 400ml de bebida e um cookie.



Acho que provei todos os sabores caros!

É claro que estão no roteiro gastronômico todos os queijos, como o de cabra, o brie, o roquefort, o camembert (que fede pra daná mas é gostoso...) e os patês de aves estranhas e ricas.

E, pra finalizar, a descoberta da porcaria mais porcaria! O fast food de Paris, tipo um genérico do Mac Donalds, chamado Quick Burger, também oferecia seu menu estudante: você pegava a oferta (sanduíche, batata e refrizão), apresentava carteirinha, pagava 1€ a mais e ganhava o DOBRO! A oferta custava em média 6€, e o sanduíche era generoso em tamanho e em gordura:


Hmmm...

Bom, eu poderia virar a noite falando das maravilhas comestíveis parisienses, mas acho que já falei demais e comprovei o dom que me garantiu todas essas porcarias. Né verdade?

9 comentários:

  1. Poucas vezes a felicidade se mostrou tão genuína quanto na foto de Lella e sua inseparável orangine.

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  2. Você não comentou sobre o meu querido e amado KFC????!! Beijooos

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  3. Ah, é que o KFC no fim das contas não saía tão mais barato assim, aí achei que o balde não era uma promoção genial, rs.

    Mas que fique claro que o KFC é um estabelecimento maravilhoso das cidades civilizadas!

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  4. pq o Subway não tem um menu de estudante assim no Brasil!! injusto. o máximo de desconto de comida pra estudante que pude aproveitar foi desconto em pastel mais caldo em Madureira ¬¬ rs o melhor é que é verdade.
    Lella Irajá ta no mapa. Abriu uma filial do Subway aqui. Iupe!!! é nois

    bjs

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  5. Solta um post novo, cacete!

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  6. ehauehaueahuaeau mina feia da porra

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  7. Anônimo, eu sou feia mas tô na moda! rs
    Assinado: Tati Quebra-Barraco.

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