28 de novembro de 2011

Um sonho pra quem sonhar em Madureira!

O bairro de Madureira possui um papel de destaque na história da cultura popular brasileira. Berço de escolas de samba como Império Serrano e Portela (e a Tradição que é filha da Portela e fica ali no Campinho, é quaaaaase Madureira), ficou famosa na voz de célebres intérpretes como Paulinho da Viola, Zeca Pagodinho, Roberto Ribeiro, João Nogueira (e seu filho), além de também ter o famoso e antigo baile black sob o Viaduto Negrão de Lima que atrai diversos apreciadores do gênero.

No entanto, para além da vida e da história cultural no bairro, Madureira é um microuniverso do consumo. Não importa o interesse principal do consumidor: se o objetivo for mobiliar a casa, renovar o guarda-roupa, abastecer a loja ou a despensa de casa, passear, fazer um lanche, garimpar roupinhas espertas, procurar por instrumentos musicais... realmente não importa. Madureira de fato é uma opção perfeita para ótimas compras.

Jegging: a jeans misturada com legging; muito conforto por apenas R$4,00 no varejo

No meu primeiro final de semana no Rio de Janeiro, é claro que o roteiro Fashion Pobre da vez foi dar um confere neste bairro que tanto me traz boas recordações. Na manhã deste último sábado, peguei uma kombi boladona, desci na Estação de Madureira e fui caminhando muito contente até o Mercadão:


O Mercadão de Madureira é considerado o maior mercado de compras populares do Brasil. Inaugurado no começo do século passado, sua atração inicial eram apenas os produtos agrícolas, tendo ele expandindo os seus negócios algumas décadas depois. Atualmente são vendidos lá animais de pequeno porte, roupas de diversas procedências, artigos para o lar, objetos para atacado, produtos de beleza, alimentos, instrumentos religiosos, tudo com preços muito, muito atrativos.


Loja de bebidas finas

Salão de beleza concorridíssimo

Parte central do Mercadão

Também seria possível afirmar que o polo gastronômico de Madureira é farto e diversificado. Após percorrer a extensa rota de consumo, renovar as energias é muito importante, e se o preço for igualmente camarada e o cardápio rico, melhor ainda.

Quem já ouviu falar na famosa salsicha bock, a salsicha que tem o sabor da Alemanha, e não ficou com vontade de viajar até o país do Goethe para sentir o tal sabor da salsicha? Pois é, não precisa ir tão longe: é só pegar uma kombi, um ônibus ou um trem e descer em Madureira! É claro que você pode desfrutar das inúmeras opções de joelhos com caldo de cana e dos demais salgados acompanhados de refrescos ou guaraná natural, mas lá, além de ser oferecida a kafta, o típico prato árabe, e o queijo coalho, iguaria proveniente do Nordeste brasileiro, é possível encontrar a preços módicos o famoso salsichão, cujo sabor equivale ao da salsicha bock e, por oferecer as opções de farofa e molhos diversificados e banir aquela mostarda ingrata que anula o paladar - e todos os outros sentidos - de um ser humano, é de grande valia.



Para acompanhar, um suco de fruta pura, bem geladão, que repõe as energias e dá um frescor para o resto da caminhada:


Ao ir embora, consegui comprar uma saia de estampa liberty por R$10 e uma camiseta preta com mangas rendadas, dessas que a gente certamente pode usar em uma ocasião formal, pelo mesmo preço. O look fica para uma próxima. Existem ainda incontáveis facetas a serem desbravadas em Madureira. Pra fechar um post sobre Madureira, só usando Arlindo Cruz mesmo: tem mil coisas pra a gente dizer, o difícil é saber terminar, Madureira, lá, laiá.