27 de maio de 2010

O milagre da maquiagem - dicas para o cotidiano

Faz pouco menos de dois anos que me apresentaram ao pó pela primeira vez. Eu ainda era estagiária onde trabalho hoje e havia uma outra estagiária também. Acabamos ficando até mais tarde por lá e ela perguntou se eu queria um pouco do pó dela. Desde então passei a observar a vida a partir de outra perspectiva e nunca mais vivi sem um pó na bolsa.

É claro que vocês sabem que não se trata do mundo das drogas, e sim do mundo da maquiagem. Eu, que até então só conhecia o lápis de olho e que achava que era a única pessoa no trabalho e na faculdade que não havia sido abençoada por Deus com uma pele uniforme e sem olheiras, descobri que, sim, era possível viver sem a bênção de Deus mas com todos aqueles atributos com pouco menos de R$5. A Panvel Farmácias possui uma linha de maquiagem com um preço acessível que fez a minha felicidade enquanto eu fui estagiária.

Assim como o photoshop é o milagre do mundo virtual, a maquiagem, se usada no limite, é o milagre no universo feminino.









É claro que, neste caso, prudência e bom senso são as palavras-chave para o tal do milagre, senão o ato de usar maquiagem, cujo verbo mais apropriado é maquiar-se, passa a ter como verbo pintar-se. Provavelmente você já ouviu alguém falar isso. Existe uma tênue diferença entre andar maquiada e andar pintada.



E, se uma pessoa precisa possuir em seu computador um pacote Adobe Photoshop, na bolsa de uma mulher é de grande importância uma nécessaire. Eis a minha:



E, mesmo que eu ainda seja relativamente novata nesse mundo do milagre, digo, da maquiagem, hoje vou passar umas dicas básicas para um makeup básico para ir trabalhar ou ir à aula ou ir fazer qualquer coisa que demande uma aparência natural.

Primeiro, você passa nas olheiras e nas partes do rosto em que houver falhas (espinhas, acnes ou manchinhas) a base mousse da Avon.



A pele vai ficar com uma aparência meio rebocada, mas bem mais sequinha do que se tivesse usado uma base líquida. Depois, você passa um pó compacto, só pra dar um ar mais natural e sem brilho. O que eu uso é o da Linha Intense do Boticário, que custa R$25 e é maravilhoso.



Pronto. A pele já está parecendo que foi abençoada por Deus. Aí, pra delinear os olhos, lápis na parte de baixo, pra realçar o olhar. O lápis retrátil da Elke que eu uso custa R$15, dura uns três ou quatro meses e dura um dia inteiro sem borrar. Nas pálpebras, um delineadorzinho, da Avon também.


Como ele geralmente borra, eu costumo passar uma sombra em cima, só para dar uma secada. O estojo de sombra é a grande pedida, saca só:





Um estojo de NOVE cores de sombra para olhos e TRÊS cores de blush com aplicadores e espelhinhos, de uma marca qualquer, que custou R$18! Uma maravilha das lojinhas fashion pobre!

Após fazer o make nos olhos, finalizo com um rímel. Agora tô usando este escandaloso da Maybelline, mas até hoje não encontrei nenhum que fosse uó.



Gente, agora muita atenção para o blush. O blush deve ser passado nas bochechas para dar uma vida, e, como disse Cinzia Felicetti, uma autora de livros de moda e editora da Vogue italiana, serve pra fazer de conta que você voltou de uma caminhada na montanha. Não é pra fazer aquela bola vermelha na cara igual à Boneca Emília. Tem uma garota com quem eu pego ônibus todos os dias, e todos os dias eu tenho vontade de gritar “OLHA A COBRA! É MENTIRA!”, só por causa da porra do blush que ela passa. A dica é fazer um biquinho mordendo as bochechas e passar o blush levemente na parte mais ossudinha do rosto. E ponto final. Mas que merda, isso.

Nos lábios, um gloss rosa antigo, da Avon também (tudo baratinho encomendado naquela vizinha), super discreto.

Bom, pra vocês verem como o milagre não se resume só às celebridades, tirei uma foto assim que acordei e uma depois de passar a maquiagem basicona.





Então, digam ao Joey Ramone pra não acreditar em milagres; o negócio é maquiagem pra vida!

19 de maio de 2010

Look básico para friozinho básico: (quase) tudo na liquidação

Embora ainda faltem alguns bons dias para a entrada do inverno, parece que a friaquinha começou a dar sinais de que chegou pra ficar no Sul do país.



E é claro que, em meio às comidas típicas - fondues maravilhosas, chocolatinhos quentes e baldes de cafés, rodízios de pizzas, quentão, hmm, caraca, que fome -, às atividades que são mais gostosas na época - tomar sol no gramado, assistir a filmes debaixo das cobertas -, uma das coisas em que também pensamos é no figurino.

Em Porto Alegre, no inverno, é possível vestir-se razoavelmente bem pagando muito ou pouco, dependendo da disposição em procurar bons preços e em fazer boas composições (ou seja, ter bom gosto ajuda, e muito). Valendo-me do look primaveril do mês passado (não apenas pela coincidência das cores como também pelo ótimo proveito nos preços), hoje eu resolvi mostrar uma combinação super básica, quase toda encontrada em liquidações, porém em um contexto totalmente diferente, bem outoniço:





A blusa lilás foi achada durante as compras do mês no BIG, por R$19,90; uma maravilha, visto que é uma malha de qualidade e que aquece mesmo. Por dentro, pra dar um ar "estou indo ao trabalho", uma blusa social da Clock House (C&A), que, em 2003, custou R$39,90, mas está bem-conservada até hoje.

A calça, da Marisa, foi presente de aniversário da mamãe. Mas considerando-a como a minha maior ascendência pechincheira, pode-se afirmar sem medo de errar que a calça não custou muito. Agora, muita atenção para a bota!




Essa bota foi comprada numa liquidação de inverno na Renner, em 2006, numa remarcação, tipo, de cento e poucos reais por R$59,90. Saca só os detalhes. Tudo bem que era o único par e o número é 35, sendo que eu calço 37, mas com uma promoção dessas a gente calça qualquer coisa. Por cima, um casaco de veludo verde maravilhoso, a minha mais nova aquisição. Mas esse não merece entrar no rol do Brasil Fashion Pobre (oras, como eu disse, em Porto Alegre veste-se bem com pouco e com muito, rs). Mas, de qualquer forma, fica a dica de um look básico e baratinho para o friozinho que está por aí...

9 de maio de 2010

Um delicioso banho quente aromático na bacia com embalagem de Doriana

No primeiro dia do ano em que Porto Alegre amanheceu fazendo 10oC, minha irmã me enviou uma mensagem do tipo "O chuveiro explodiu. Me liga". No começo, confesso que fui acometida por um acesso de raivinha. Poxa, logo no dia mais frio? Porém, como somos brasileiros e é sempre necessário que se dê aquele jeitinho para que as coisas sejam feitas da melhor forma possível - e, afinal de contas, é necessário tomar o banho nosso de cada dia -, pensei que, enquanto o chuveiro não era consertado, o jeito era esquentar água no bule mesmo. E, já que 89,24% dos brasileiros já viveram a emoção de tomar banho de balde, decidi que, enquanto existisse Brasil Fashion Pobre no mundo, esse acontecimento - o de tomar banho de balde - seria um momento muito luxuoso nas minhas manhãs gélidas.

Então vou compartilhar com vocês a receita para um delicioso banho aromático em uma banheira genérica:

O começo é básico: arrumar um balde. No meu caso foi uma bacia, a mesma que a minha mãe usa para colocar roupas claras de molho.




Uma embalagem de Doriana para levar a água até as partes altas do corpo (por menos alta que você seja, isso se fará necessário). Eu aconselho Doriana mesmo, porque é a mais saborosa dentre todas as margarinas. Usar a embalagem de margarina no banho a balde pressupõe que você a terá utilizado antes em alguma refeição, portanto, Doriana é a melhor.




Bom, aí você ferve um bule e uma panela com água. Geralmente as pessoas fervem só o bule, mas como eu acordo muito cedo e gosto de água bem quentinha, dobro a quantidade de água quente.





O óleo de amêndoas Sève, da Natura, dá um toque mais requintado e deixa a água bem aromatizada.



Quando a água ferver, misture-a na água fria do balde e pingue algumas gotas de óleo, até que ela fique na temperatura e com o perfume que for de seu agrado. Aí é só se banhar com a embalagem de Doriana e, tchanrans, está tomado o banho!

Ainda não consegui arrumar uma maneira de lavar os cabelos com essa estratégia maravilhosa, de modo que, se o chuveiro não tivesse sido imediatamente consertado pela excelentíssima senhora minha mãe - que, sim, possui habilidades elétricas, hidráulicas e eletrônicas e providencia todos os consertos da casa -, eu teria adotado hoje o dreadlocks style.

No banho de bacia do Brasil Fashion Pobre, você entra assim:




E sai assim!



5 de maio de 2010