28 de abril de 2010

Loosho & Poder na Farrapos

A Farrapos é uma avenida super famosa e tradicional em Porto Alegre. Muito embora ela seja extensa o bastante pra possuir um grande número de editoras, concessionárias, clínicas e estabelecimentos comerciais dos mais diversos ramos, é fato inegável que, se você cita que vai à Farrapos, muito provavelmente é alvo de um olhar ou um comentário malicioso.

A malícia não é gratuita: a maior tradição da Avenida Farrapos é pela quantidade de night clubs e de single ladies que ficam nas suas diversas esquinas noite afora. Eu pensei em fazer uma comparação com a Vila Mimosa, mas a Farrapos, em termos de diversidade na procura e na oferta em mercado sexual, é muito mais abrangente e democrática. Lá, seus frequentadores são desde os trabalhadores porto-alegrenses mais humildes até os executivos abastados nas casas cujo público-alvo é a fatia de alto poder aquisitivo na cidade.

É claro que pra um mercado tão bem-consolidado e organizado como esse é necessário que haja quem pense e crie o figurino dos profissionais. E quem teve uma visão além do alcance se deu bem: foi o caso das sócias Herta e Adriana, donas da marca Her & Drika, especializada em “moda sexy”, uma confecção que surgiu pensada especialmente nas meninas e nos meninos que trabalham na noite.

Na semana passada eu fui lá conversar com as duas, que me receberam super bem e ainda me mataaaaaram de inveja com uma poltrona de zebrinha e um divã de veludo preto que eram loosho & poder!





A loja Her & Drika surgiu em 2006, com as duas se dividindo entre a confecção das roupas e a comercialização. As roupas foram pensadas estritamente nas garotas de programa, e uma das primeiras surpresas para as sócias foi a quantidade de transexuais – também profissionais do séquisso – que começaram a fazer encomendas para elas.



Uma das curiosidades que elas me contaram foi a diferença entre a calcinha fio-dental, que, devido à anatomia das meninas e dos meninos, tem que possuir dois modelos distintos: uma com um espacinho a mais, para os meninos, e uma normal, aquela que a gente já conhece.

A segunda surpresa para as sócias foi o fato de a loja, cujo objetivo principal era o de atender às pessoas da noite, ter se tornado também um alvo de pessoas “comuns”. Hoje, 50% do público, segundo Herta, é de transexuais e de garotas de programa, mas a outra metade é de mulheres que procuram roupas para fazer academia, de dançarinas de bandas (de forró, por exemplo, que precisam daquelas roupas mais coladas e brilhosas), ou de maridos que aparecem para comprar roupas mais sexies para as esposas e namoradas (ou para si próprios, né, vá lá entender a fantasia de cada um).



Tal qual toda a democracia da Avenida Farrapos, a loja Her & Drika também oferece preços que são acessíveis tanto para leitores do Brasil Fashion Pobre como para dessas outras revistas femininas que sugerem looks caros. Há calcinhas de “3 por R$20” e macacões por R$120, ou coisas até mais caras: opções para todos os bolsos e gostos.

A inspiração para a confecção das roupas, segundo Herta e Drica, está nas ruas, no dia a dia mesmo. Muitas vezes elas recebem sugestões das clientes ou veem modelos nas ruas que acham interessantes de copiar, de adaptar. Muitos modelitos são criados a partir de um molde só que vai se desdobrando em vestidos, triquínis, macacões, e isso também facilita bastante.



Essas moças não ahazam? Maravilhoso o perígon delas!

23 de abril de 2010

Salve Jorge!

E no dia 23 de abril o Brasil Fashion Pobre não podia deixar de homenagear um dos santos mais populares do Brasil: São Jorge da Capadócia!



Sabe-se lá o porquê - acredita-se que pela sua fama de bravura e fidelidade e pela identificação do povo brasileiro com a sua lenda -, São Jorge é um dos santos mais devotados do país, sendo a ele decretado inclusive feriado no município do Rio de Janeiro, o que lhe confere, ainda que extraoficialmente, o título de segundo padroeiro da cidade.

No sincretismo, ele geralmente é associado a Ogum (na Bahia é Oxóssi), que também é um dos orixás mais queridos por nós.



Há diversas homenagens a ele mundo afora, desde uma pintura de Rafael exposta no Museu do Louvre até um castelo em Portugal com seu nome. E a popularidade aqui foi tamanha que, de uns anos pra cá, São Jorge tornou-se alvo também da moda: são inúmeras as camisetas, bolsas, cangas e demais peças com a sua estampa. E, cá entre nós: a combinação verde e vermelho é um luxo, né? Até a minha casa tem essas cores e um quadro do Guerreiro protegendo a entrada, para que meus inimigos tenham mãos e não me toquem, tenham olhos e não me vejam... sabe comé que é...

E é por isso que hoje, em reverência ao capadócio, eu também trajei suas cores:



Vestido de lã da Francini Modas (centro de Viamão), R$39,90;
Meia-calça rendada da Marisa, R$19,90;
Lenço palestino da Hippie Chique (presente da Luzia Michelon);
Bota da Picadilly (não me lembro, acho que R$120).

E, pra finalizar, fico por aqui deixando a cráááássica música do Jorge Ben, que praticamente virou uma oração, sintetizando os pedidos a este santo que, por vontade do próprio povo, hoje é nosso representante:

Jorge Da Capadócia
Jorge Ben Jor

Jorge sentou praça na cavalaria
E eu estou feliz porque eu também sou da sua companhia
Eu estou vestido com as roupas e as armas de Jorge
Para que meus inimigos tenham pés, não me alcancem
Para que meus inimigos tenham mãos, não me peguem, não me toquem
Para que meus inimigos tenham olhos e não me vejam
E nem mesmo um pensamento eles possam ter para me fazerem mal

Armas de fogo, meu corpo não alcançará
Facas, lanças se quebrem, sem o meu corpo tocar
Cordas, correntes se arrebentem, sem o meu corpo amarrar
Pois eu estou vestido com as roupas e as armas de Jorge

Jorge é de Capadócia, viva Jorge!
Jorge é de Capadócia, salve Jorge!

Perseverança, ganhou do sórdido fingimento
E disso tudo nasceu o amor
Perseverança, ganhou do sórdido fingimento
E disso tudo nasceu o amor

Ogam toca pra Ogum
Ogam toca pra Ogum
Ogam, Ogam toca pra Ogum

Jorge é da Capadócia
Jorge é da Capadócia
Jorge é da Capadócia
Jorge é da Capadócia

Ogam toca pra Ogum
Ogam toca pra Ogum

Jorge sentou praça na cavalaria
E eu estou feliz porque eu também sou da sua companhia

Ogam toca pra Ogum
Ogam toca pra Ogum

16 de abril de 2010

R$67,79 - concorrência desleal

Vira e mexe leio nessas revistas femininas sugestões de looks (seja para o dia a dia, para festas etc) compostos de itens básicos como blusa, calça ou saia, blazer, sapato..., a preços super hiper mega ultra surreais (dia desses vi na Gloss o valor de R$500 como uma ideia super baratinha) e sempre fiquei curiosa em saber por quanto sairia um look pobre, porém fashion. Mas meu jeito Macunaíma de ser falava mais alto e eu sempre deixava pra matar essa curiosidade depois.

Contudo, na última segunda-feira, eu estava voltando do trabalho com um look básico-fofo-colorido e a Anninha disse que bem que ele merecia uma foto. Então, feita a foto, resolvi separar todas as peças e calcular quanto havia custado cada uma; e acho que o precinho até que saiu camarada:



Os itens foram os seguintes:

Vestidinho verde da Marisa: R$19,90;
Casaqueto preto da Renner: R$15,90;
Bolsa de um camelô na Praça Melvin Jones (fica atrás da Rua da Ajuda, perto da Av. Rio Branco, na altura do Largo da Carioca): R$30,00
Colar de bolinhas do SAARA: R$1,99

Somando-se tudo, tem-se o valor de R$67,79. A sandália é a Melissa Desire da Triton, mas eu não coloquei o valor, pois ela foi um presente. De qualquer forma, vamos supor que, tendo sido comprada por mim e adicionando-se aproximadamente R$80,00 ao valor, tudo ainda custaria R$147,79, o que, cá entre nós, é beeeem menos injusto do que os quinhentos da Gloss.

Aliás, o casaquinho, por exemplo, foi usado a semana inteira, o que já pode demonstrar a vantagem do investimento.

Ou seja, não comprem a Gloss e leiam o Brasil Fashion Pobre! Hahaha, beijosmeleiam.

12 de abril de 2010

All Star smells like...

A primeira vez em que eu ouvi Nirvana consciente do que estava fazendo (é diferente ouvir Nirvana de uma forma incônscia e ouvir Nirvana sabendo do que se trata, conhecendo a história da banda, das músicas, do significado do rock etc), eu sabia que aquilo iria mudar a minha vida pra sempre. A primeira música de que me lembro ter ouvido, a "Lithium", com o Cobain cantando de forma desleixada e dizendo "sou tão feio, mas, e daí?, você também é...", entrava rasgante pelos poros; a letra soava como uma profunda poesia cujo significado só fazia sentido mesmo à epidérmica melancolia frívola que só a juventude consegue compreender.




E, aos 12 anos, o Bleach, o Nevermind e o In Utero compuseram a tríplice poética que alimentava a minha alma de tal forma que nem a obra completa de T.S. Eliot oito anos depois conseguiu fazer. Esdrúxula e gastronomicamente comparando, é como se colocassem lado a lado a pizzaria Lux, de Marechal Hermes, e as pizzarias da rede Parmê, que, mesmo com a qualidade e a superioridade em seus sabores, perdem para a Lux, que, devido a toda a associação do contexto histórico, é disparadamente mais gostosa.

Tudo bem que a Parmê nem é o ó do borogodó, mas pra Realengo, artigo de luxo era a pizzaria do Filé na praça da Igreja...

Enfim, foi ouvindo Nirvana que eu tomei a decisão de pedir ao meu pai pra me dar um All Star de presente, e isso, estilisticamente falando, mudou também a minha vida para todo o sempre.

Meu primeiro All Star, comprado na loja Kik do West Shopping:


Depois do xadrez azul, seguiram-se mais alguns, como, por exemplo, estes:




O All Star, como todos sabem - e muito provavelmente por experiência própria -, é um tênis muito usado por adolescentes e possui um significado marcante na vida de muitos jovens dos anos 80 e 90, assim como o Nirvana. Através do tempo, das celebridades que o incorporaram ao cenário dos movimentos de rebeldia (sem causa ou não, diga-se de passagem), ele foi agregando consigo valores e por si só começou a carregar o status de uma juventude muito rock and roll, ou, no mínimo, só de uma juventude. Para aqueles que o adotaram como um dos símbolos da sua geração, até hoje é difícil não ver um All Star sem sentir aquela nostalgiazinha. Porém, ao contrário do que se pode imaginar, o sapato não é apenas um fenômeno temporal isolado de uma geração específica, e embora ainda hoje seja preferência de jovens, ele também acabou por adquirir uma legião de fiéis daqueles que foram jovens há duas ou três décadas e não são mais.

Ou seja, hoje, daqueles fãs de Nirvana e frequentadores de tributos das Lonas Culturais, veem-se personal stylists, jornalistas esportivos, componentes de orquestras, professores seríssimos... em suma, um grupo de profissionais adultos com seus vinte e poucos anos que, sim, provam que All Star é fácil de calçar!

Hoje mesmo eu separei um modelito com um dos All Stars que tenho, um sobrevivente, daqueles da época em que All Star de cano longo custava R$50, e ainda era caro (comprado no Largo da Carioca, presente de 15 anos!), e que eu particularmente acho super bonitinho para um dia de meia-estação. Voilà:



Calça da Maria da Praia: R$29,90.
Blusa da Sul Center Fashion, Volunta: R$8,90.
All Star de uma loja no Largo da Carioca (esquina com a Uruguaiana): R$50 (nos idos tempos de 2002).
Cachecol da Pompeia: R$19,90.
Casaquinho que uma ex-namorada biscate do meu pai comprou em Petrópolis (espero que tenha sido bem caro).

Porque vocês sabem que não tem volta: se uma vez na vida a gente ouve Nirvana e calça esses lindos e versáteis sapatinhos, a nossa alma vai cheirar eternamente como um espírito jovem...

10 de abril de 2010

Loucura Total! Cortininhas na promoção

Salve, rapaziada!

Gente, tá complicado escrever com assiduidade aqui no Brasil Fashion Pobre! Peço desculpas ao povo pela escassez do tempo e pela dificuldade em colocar aqui posts numa periodicidade maior. Bom, mas cá estou. Pra falar de um assunto meio atrasado, mas estou. \o/

Há dois finais de semana aconteceu em Porto Alegre um evento cujo nome já prenuncia - e denuncia - o estado emocional de todos os consumistas que vão até lá: o Loucura Total. Trata-se de uma realização do Shopping Total, em que, durante alguns dias, todas as lojas fazem grandes liquidações, vendendo seus produtos a preços absurdamente baixos. O Loucura acontece duas vezes por ano, e saber a sua data exata é mais ou menos como saber o horário de saída do Carmelitas: ninguém sabe exatamente quando será, embora todo mundo tenha uma ideia.

A semelhança entre Carmelitas e Loucura Total não se encontra somente no mistério acerca de sua realização; o Loucura possui uma temática tão alegre que beira o carnavalesco, com bandas contratadas para tocar marchinhas ao longo do dia, pessoas fantasiadas, decoração colorida e chuvas de confeites, e, pelo fato de na cidade não existir carnaval, o Loucura acaba sendo um momento de descontração unido ao de consumismo. Ou seja: uma alegria que só!

Multidão ensandecida atrás de promoções em frente à loja da Gang, que, assim como todas as lojas do shopping durante o Loucura, coloca araras nos corredores e enfeites na fachada.

Eu também fiz a minha boquinha!

Eu numa lojinha hindu olhando vestidos e saias coloridas e comprando roupas iguais a uma cortininha, como disse a minha irmã.


Comprei dois vestidos e uma calça saruel que em breve será uma saia. Cada artigo, que custava mais de R$50, saiu por R$19,90 cada.



Vestidinho da loja hindu R$19,90
Meia-calça do supermercado Zaffari R$5,90
Melissa Ultragirl (presente)
Bolsa da loja NMD (Buenos Aires) AR$ 30


Calça saruel R$19,90
Regata da Renner R$19,90
Sandália no camelô da estação Mathias Velho (10 passagens de trem)
Bolsa da Renner R$59,90


Vestidinho da loja hindu R$19,90
Melissa Love Li R$39,90
Bolsa da Taco R$39,90

O Shopping Total de Porto Alegre fica no bairro Floresta e na minha opinião é o mais bonito da cidade. Com uma belíssima arquitetura, o prédio, construído no século XIX, até os anos 90 sediava uma cervejaria (e até hoje mantém as marcas da Brahma em sua chaminé). O shopping é bem jovem, com menos de dez anos de existência e, quando foi construído, teve como proposta inicial a de ser popular, reunindo lojas baratenhas numa disposição interna que lembrasse as galerias. Embora a disposição se mantenha até hoje, a proposta se perdeu um pouco e predominam as grifes regionais (TOK, Rabusch, Makenji, Patchwork), de alto preço e público mais elitizado. Mas o Shopping continua lindo!

7 de abril de 2010

Brasil Fashion Pobre fazendo a nossa parte

Imagem engraçadinha que saiu em um jornal popular do Rio Grande do Sul hoje:



É, meu povo, piadinhas à parte, se as coisas continuarem assim, o mundo acaba muito antes das profecias, sejam elas de quaisquer crenças ou apenas cinematográficas...

Eu só desejo que isso sirva para que todos se conscientizem de que todo o lixo jogado em locais impróprios ao longo de muitos anos é este também que retorna agora em todas as ruas, sobre todas as casas e pessoas.

Tenho ouvido muitos trocadilhos do tipo "desde que começou a chover, o Rio de Janeiro não tem mais Paes", mas, ao contrário do que se acredita por aí, ser politizado NÃO É agir com essa autocondescendência negligente em relação à conjuntura política atual; não estamos alheios à situação que nos cabe e somos diretamente responsáveis por essa porra toda. São necessárias, sim, medidas efetivas e indispensáveis do governo, mas antes de tudo cabe a nós, moradores, começarmos pela famosa "nossa parte".

Porque fazer a nossa parte também é ser Fashion Pobre!

4 de abril de 2010

Dia da Mentira Fashion Rico - presentes chiquérrimos de aniversário

No dia Primeiro de Abril de 2010 as minhas colegas de trabalho me pregaram uma grande peça, e pareceu que elas tentaram arrumar um motivo para que eu perdesse a moral de dar continuidade ao Brasil Fashion Pobre:

Elas fizeram de mim uma pessoa chiquérrima!

Acontece que, dia 2 de abril, esta que vos fala completou sua vigésima terceira primavera (uma forma poética ou quase eufemística para disfarçar os 23 anos, é bem verdade).



Para comemorar a idade cabalística, após me fazerem acreditar piamente que eu seria a primeira ganhadora do mais novo advento da tecnologia fashion - a Melissa com internet wireless -, as meninas me presentearam com algo que em princípio me era misterioso: um embrulho pesado.

Mas, interrompendo um pouco o momento de abertura do embrulho pesado, que estava intencionalmente (muito bem-) laçado com fitinhas azuis, eu gostaria de descrever a epifania a que esse momento me remeteu (quem não quiser ler pode pular este parágrafo seguinte inteiro, pois não faz nenhuma falta em termos estruturais à narrativa):

As datas festivas aqui em casa foram cativadas e preservadas com uma certa infantilidade; mantêm-se aquela ansiedade, aquelas expectativas juvenis; espera-se sempre com um friozinho na barriga por presentes; segredos são mantidos; sabe-se que haverá algo a se ganhar - não são necessariamente presentes materialmente significativos, porém com uma importância afetiva muito grande - mas ao mesmo tempo é mortal dizer que haverá presentes. Nós lidamos com aquele paradoxo de tentar acertar qual será a surpresa que nos aguarda e ao mesmo tempo lidar com a incerteza de pensar será? E em aniversário é sempre assim.

Então, estávamos lá, na sala do departamento de produção editorial, o último lugar do mundo onde eu imaginaria que pudesse ter um sentimento que me remetesse à minha infância e ao aconchego do meu lar, com um embrulho pesado na mão, perguntando-me se eu desamarrava os lacinhos ou se os cortava com uma tesoura: se eu degustava vagarosamente o delicioso sabor da ansiedade em imaginar o que se encontrava dentro do embrulho ou se saía rasgando geral pra descobrir a porra toda.

Não me lembro bem o que fiz, mas me lembro que, ao abrir, de cima, vi embalagens que conhecia apenas da vitrine dos shoppings e dos orkuts das minhas amigas ricas:

Coisinhas da Victoria Secrets!




Como se já não bastasse, o creme hidratante e o body splash vieram também majestosamente acompanhados de um creme para mãos e unhas da marca Sally Hansen e do modelador de cachos da Bed Head, um creme que sempre habitou meu imaginário nos mais recônditos sonhos em que eu era Helena de Viver a Vida, em uma lancha em Búzios, com madeixas ao vento gritando Brunoa Brunoa. Chupa esta manga:





A respeito dos produtos, um breve comentário: a loção hidratante é ótima; o perfume é duradouro e suave, e a pele fica realmente macia. No começo achei meio melequenta, mas a sensação passa em poucos minutos e em seguida a pele fica aveludada. A (o) body splash tem um cheirinho maravilhoso, e eu mesma tenho vontade de me morder. Sem mais descrições. É uma ode a mim própria. O creme para as mãos não foi utilizado ainda, mas o farei ainda esta noite, quando for fazer as unhas. O modelador de cachos tem o perfume mais uó do mundo inteirinho, é maravilhoso! (conselheiro, deus forte, pai da eternidade e prííííncipe da paz!)

Bom, aí vocês ficam aí se perguntando se este post se trata de um mero exibicionismo meu, já que os produtos não têm absolutamente nada a ver com a proposta do blog, mas - arrá! -, aí vem a genialidade das meninas. É claro que uma ponta de brio ilustra-me neste momento, afinal, não são vocês que têm as colegas mais legais do mundo (pigarro), mas foi um golpe de mestre: elas não quiseram colocar o Brasil Fashion Pobre à falência, não, senhor!

Uma das colegas, a Marília, jornalista e mestranda em Cinema, natural de Pelotas-RS, deu a dica: os produtos importados e chiquérrimos foram sabiamente adquiridos em um free shop na cidade de Jaguarão - cidade fronteiriça com o Uruguai -, no qual compram-se produtos isentos de impostos, com preços muito, mas muito abaixo do custo que normalmente se encontram por aí. É pra, literalmente, levar a sacola e abastecê-la.

Mas, bem, como o arroubo de exibicionismo já foi confessado e a crise criativa faz-se deveras presente no dia de hoje, agora resta apenas dizer: muito obrigada, garotas!