30 de novembro de 2013
Brasil Fashion Pobre backs from ghetto!
Sair correndo na hora do almoço pra tirar fotos das lojas, conversar com as proprietárias e vendedoras, chegar em casa à noite e escrever o post... Frenético, mas satisfatório.
Quando me mudei para um Rio, não consegui conciliar a nova rotina e manter a "vida dupla" de blogueira, mas, depois de mais de um ano de inatividade, confesso que escrever aqui tem feito uma falta do caramba...
Unindo esta falta à ajuda de muitos amigos - que ora comentam que o blog deveria voltar, que se dispõem e contribuir de alguma forma - e ao ensejo das promessas de final de ano, decidi: essa é a hora de retomar com toda a força!
Por isso, está firmado aqui o compromisso: daqui a alguns dias teremos cara nova e domínio novo também. Não deixem de curtir a página no Facebook, clicando aqui.
É isso, galera! Té já!
26 de julho de 2012
Unhas postiças pra quem não levou porrada
24 de maio de 2012
Coluna no Lola Cultural: olha lá!
Hoje recebi um email da Dandara, que trabalha na parte das mídias sociais da marca Lola Cosmetics, me convidando para escrever na coluna Lola Cultural. Bem, mas o que a Lola Cosmetics tem a ver com a Bed Head? É que os produtos da Lola têm embalagens divertidas, modernas, que por vezes remetem às da marca inglesa, e a reputação da Lola – marca brasileiríssima – é das melhores.
Quem quiser dar um confere na coluna, é só clicar aqui. Lá eu falo sobre a importância da moda no dia a dia, minha relação com a moda e, é claro, sobre o Brasil Fashion Pobre.
Lá no site você também pode ver onde há os produtos para venda e escolher a linha que seja mais adequada aos seus cabelos.
E, é claro, nada melhor do que dar preferência a uma marca brasileira, incentivando a produção nacional de produtos de qualidade!
4 de abril de 2012
Moda Mercatto!
13 de março de 2012
Sem roupa pro casamento - um look rock and roll
Como eu já havia dito aqui uma vez, o problema é que me falta paciência para essas firulas de arrumações festivas, e, quanto menos trabalho der o visual, melhor. Para não repetir a roupa do recente casamento ao qual eu havia ido, ligeiramente assolada pelo medo de ser marcada nos álbuns alheios do Facebook com o mesmo vestido em dois eventos distintos e sem dinheiro pra comprar outra roupa, o negócio foi ver o que tinha em casa mesmo: uma blusa pretinha de algodão com pedrinhas pretas e brilhantes, comprada na Liquidação a Preço de Banana por menos de R$10, e uma calça social preta. Tudo muito básico e apropriado.
Eis que então ocorreu o erro no qual ninguém nunca deve cair: a roupa, que estava pensada há semanas, só foi ser realmente provada na hora da arrumação para a festa. Ou seja, não foi provada, foi vestida mesmo. Foi aí que percebi que a blusa, comprada na grande liquidação da Marisa, possuía o número 48, e não havia linha, fitinha de cetim, alfinete ou outro método que disfarçasse o seu tamanho desproporcional, pois o tecido ficava todo marcado e com aquela cara de cambalacho. O comércio na rua estava fechado, e à minha frente o que se abria era um abismo jamais imaginado antes: eu não morava mais na casa da mamãe para pegar as roupas dela.
Assim a ideia foi criar mais um improviso, desses que a gente disfarça pra dizer que quis fazer daquele jeito mesmo. A solução surgiu a partir da composição de um look rock and roll: um vestido preto básico com a saia evasê, que (dizem) disfarça as gordurinhas e tem um ar meio 50’s; uma bolsa pequena preta com detalhes em HQ, nada apropriada para um casamento, e um mary jane preto. Maquiagem carregada e cabelos presos para cima. E o Guga, que só tinha providenciado um terno, ficou de calça jeans, All Star de couro e camisa dos Beatles. Tudo muito rock and roll e com aquele ar de transgressão.
Look completo, com os clássicos óculos do Saara.
A ideia de compor um look em casal sugere um conjunto, uma unidade no estilo. Isso, no caso do improviso ou não, deve fortalecer o argumento de que se trata de uma atitude deliberada; trata-se de imprimir a sua marca natural e cotidiana em um formato que se diz padrão: é criar uma transgressão intencional às regras estabelecidas (de querer quebrar os paradigmas em um casamento ou qualquer evento formal). Isso não significa que estando sozinho não seja possível criar um look e mostrar bastante atitude. Em um outro casamento, cheio de pompa e ostentação, vi uma moça com um vestido indiano e cabelos soltos partidos ao meio. Como não a conhecia, não sei se ela passara por semelhante perrengue e tentou dar aquela disfarçada ou se ela de fato quis fazer a diferença e marcou sua personalidade com estilo, sem perder a elegância. E ficou ótimo! Também me lembrei da Renata, leitora deste blog, que não curte o estilo urbano e mais se identifica com o esquema prenda de CTG. Tudo é uma questão de adaptação, se possível sem perder o bom-senso.
31 de janeiro de 2012
Loosho & Poder na Citycol
Uma dessas lojas é a Citycol, presente em quase todos os calçadões da cidade. Como eu havia feito a comparação no post sobre a Sul Center Fashion, em Porto Alegre , a Citycol geralmente é pequena, porém numerosa e tão popular quanto a outra loja. Mesmo sendo eventualmente citada como loja de baixa qualidade, possui uma diversidade considerável em estilo e variedade nos preços (praticamente todos baixos). Garimpando bem, que mal tem?
Para se comprovar o sucesso da loja, cito um fato: em São Cristovão há um largo muito conhecido, chamado Pedro Lobianco. Fica no meio de duas avenidas de grande movimentação - a São Luís Gonzaga e a do Exército. Além disso, o largo serve de passagem para o estádio do Vasco, a Feira de São Cristovão, o largo da Cancela, o Colégio Pedro II e a Linha Amarela, o que de certa forma autoriza a existência de um diversificado e farto comércio. Mas se você perguntar a alguém onde se encontra o tal do largo Pedro Lobianco, ninguém saberá indicar. Simplesmente porque ele é conhecido como o larguinho da Citycol, loja existente dentre inúmeras outras por ali.
Há um tempo eu estava querendo comprar um vestido desses cuja parte de baixo é de uma cor, e a de cima, de outra, sugerindo a combinação de vestido+blusa. Mais ou menos como a combinação clássica das eternas litras consagradas pela Coco Chanel:
Os preços no entanto me desanimavam, e eu acabava não investindo no item. Passeando pela Citycol na tarde de hoje, eis que me deparo com um vestido muito simpático e com o valor mais simpático ainda: custando menos do que a metade do valor de vestidos em lojas, digamos, convencionais, este saiu pela belíssima bagatela de R$19,90. A combinação que fiz com um colar verde, sandália e bolsa vermelhas fugiu um pouco da sobriedade sugerida pelo p&b do vestido.
E, falando em listras, estas não saem nunca da tendência justamente pela sua versatilidade e pelo ar sofisticado. Com boas composições, é possível fazer desde um look básico até um mais chique.
E foi também lá na querida lojinha que encontrei uma variedade infinda de regatas listradas por atraentes R$7,99. Confesso que, com este jeans que vesti para a foto, achei a combinação muito simplória e não gostei muito, mas imaginando esta mesma blusa com outros componentes certamente sai coisa melhor. A calça é da Renner, e o sapato é uma Melissa Ultra Gareth Pugh.
E, por fim, outra tendência escondida nas ararinhas. Estampas floridas e frescas têm sido resgatadas nos últimos tempos, e o short-saia, que me parecia ausente desde os áureos tempos de infância, também.
Adotadas até mesmo por celebridades lindas e escovadas, no mundo real o short-saia também é possível (bem menos glamouroso, rs). Neste calor do capiroto, além de sugerir um frescor pela estampa, a saia (R$14,90), junto com um oxford básico (este, da DiSantinni, R$19,90) também cria um ar romântico.
E com menos de uma oncinha, três itens novos no armário e ótimas possibilidades de combinação. Tá vendo? Quero ver agora quem é que vai fazer cara feia com as etiquetas da Citycol.
18 de dezembro de 2011
A versatilidade como uma necessidade
28 de novembro de 2011
Um sonho pra quem sonhar em Madureira!
No entanto, para além da vida e da história cultural no bairro, Madureira é um microuniverso do consumo. Não importa o interesse principal do consumidor: se o objetivo for mobiliar a casa, renovar o guarda-roupa, abastecer a loja ou a despensa de casa, passear, fazer um lanche, garimpar roupinhas espertas, procurar por instrumentos musicais... realmente não importa. Madureira de fato é uma opção perfeita para ótimas compras.
No meu primeiro final de semana no Rio de Janeiro, é claro que o roteiro Fashion Pobre da vez foi dar um confere neste bairro que tanto me traz boas recordações. Na manhã deste último sábado, peguei uma kombi boladona, desci na Estação de Madureira e fui caminhando muito contente até o Mercadão:
O Mercadão de Madureira é considerado o maior mercado de compras populares do Brasil. Inaugurado no começo do século passado, sua atração inicial eram apenas os produtos agrícolas, tendo ele expandindo os seus negócios algumas décadas depois. Atualmente são vendidos lá animais de pequeno porte, roupas de diversas procedências, artigos para o lar, objetos para atacado, produtos de beleza, alimentos, instrumentos religiosos, tudo com preços muito, muito atrativos.
Também seria possível afirmar que o polo gastronômico de Madureira é farto e diversificado. Após percorrer a extensa rota de consumo, renovar as energias é muito importante, e se o preço for igualmente camarada e o cardápio rico, melhor ainda.
Quem já ouviu falar na famosa salsicha bock, a salsicha que tem o sabor da Alemanha, e não ficou com vontade de viajar até o país do Goethe para sentir o tal sabor da salsicha? Pois é, não precisa ir tão longe: é só pegar uma kombi, um ônibus ou um trem e descer em Madureira! É claro que você pode desfrutar das inúmeras opções de joelhos com caldo de cana e dos demais salgados acompanhados de refrescos ou guaraná natural, mas lá, além de ser oferecida a kafta, o típico prato árabe, e o queijo coalho, iguaria proveniente do Nordeste brasileiro, é possível encontrar a preços módicos o famoso salsichão, cujo sabor equivale ao da salsicha bock e, por oferecer as opções de farofa e molhos diversificados e banir aquela mostarda ingrata que anula o paladar - e todos os outros sentidos - de um ser humano, é de grande valia.
Para acompanhar, um suco de fruta pura, bem geladão, que repõe as energias e dá um frescor para o resto da caminhada:
Ao ir embora, consegui comprar uma saia de estampa liberty por R$10 e uma camiseta preta com mangas rendadas, dessas que a gente certamente pode usar em uma ocasião formal, pelo mesmo preço. O look fica para uma próxima. Existem ainda incontáveis facetas a serem desbravadas em Madureira. Pra fechar um post sobre Madureira, só usando Arlindo Cruz mesmo: tem mil coisas pra a gente dizer, o difícil é saber terminar, Madureira, lá, laiá.
16 de agosto de 2011
Compras espertas de inverno
9 de fevereiro de 2011
Varal de calcinhas
Não resisti e fiz, como dizem os gaúchos, meu rancho. Já que a Mari fez as comprinhas de roupas-brancas na Victoria's Secret em Nova York, eu, que nem Madureira tô podendo mais, fui de Calçadão de Canoas mesmo. Mas fiz bem: montei um varalzinho aqui no quintal com as calcinhas mais fofas:
9 de outubro de 2010
Camisetas que dizem tudo - John Lennon
Tudo o que veste uma pessoa pode ser significativo em relação à representação de sua personalidade, de sua rotina, de seus hábitos, de seu estilo de vida: uma calça encardida, uma dependência extrema dos últimos lançamentos da moda, o tamanho da saia, as cores no guarda-roupa etc. E, nesse mundo de representações através da roupa, as camisetas com dizeres ou figuras muitas vezes servem como uma forma de comunicar aos outros os seus pensamentos e filosofias de vida: "denunciam" de qual banda você é fã, pra qual time você torce, mostram seu bom humor, seu humor negro, suas inclinações políticas...
E, num dia 9 de outubro, no blog de uma beatlemaníaca como esta que vos bloga, nada menos inesperado que o primeiro post fosse dedicado ao Cara que estaria completando setenta anos: John Lennon \o/
Pois é, neste caso dispenso demais apresentações...
A camiseta que diz tudo do dia é uma que eu tenho há muitos e muitos anos mas que nunca deixou de passar a mesma mensagem - parece até que cada vez mais seu conteúdo se torna mais pertinente: uma foto do John Lennon com a frase de uma célebre música sua, Give peace a chance.
A camiseta foi uma pechincha fenomenal. Não me lembro exatamente do preço, mas comprada em uma feira de artesanato em Saquarema durante o carnaval, quando eu possuía R$25 para passar cinco dias e usufruir deste valor tanto com comprinhas básicas quanto com caipifrutas e cachorros-quentes, certamente ela custou menos do que dez contos. E essa é uma prova para contradizer quem diz que roupas de grandes marcas são as que duram muito. A camiseta existe em meu guarda-roupa há quase dez anos! Depois de compor looks pseudohippies, servir de camisola, estampar jornal em notícia de passeata no centro do Rio de Janeiro, cá está ela hoje em um look eternamente contemporâneo (a clássica combinação jeans + camiseta branca, com alguns acessórios coloridos):
Calça de uma lojinha da Voluntários da Pátria: R$39,90
Óculos da Espaço Carioca, no SAARA: R$20
Bolsa da Marisa: R$59,90
Casaquinho da Renner: R$15,90
Melissa Desire da Triton: R$70
Minha perninha estilo Ramones: não tem preço
E pra terminar, deixo aqui uma das músicas de que eu mais gosto, Imagine:
Imagine there's no heaven
It's easy if you try
No hell below us
Above us only sky
Imagine all the people
Living for today
Imagine there's no countries
It isn't hard to do
Nothing to kill or die for
And no religion too
Imagine all the people
Living life in peace
You may say
I'm a dreamer
But I'm not the only one
I hope some day
You'll join us
And the world will be as one
Imagine no possessions
I wonder if you can
No need for greed or hunger
A brotherhood of man
Imagine all the people
Sharing all the world
You may say,
I'm a dreamer
But I'm not the only one
I hope some day
You'll join us
And the world will live as one
Feliz aniversário, John!
3 de outubro de 2010
Brechós virtuais são o maior barato!
Há uns dois anos a minha irmã, Anna Kovsky, resolveu criar um brechó itinerante com uma amiga. Pegaram as roupas velhas que tinham em casa, criaram um blog e divulgaram na rede que todos os domingos estariam em um ponto diferente da cidade vendendo, comprando e trocando vestimentas, sapatos e acessórios. Qual não foi a surpresa das duas quando, no primeiro dia, com tudo já posto em um gramadinho sob a árvore de um parque, apareceu um fiscal da Secretaria Municipal da Indústria e do Comércio e quase confiscou tudo.
Aí passou um tempo, as roupas velhas continuaram aqui em casa, a amiga se mudou e então minha irmã descobriu que existia um mundo paralelo e maravilhoso dos brechós: os brechós virtuais.
O esquema dos brechós virtuais é básico: a pessoa tem um perfil em alguma rede social, divulga ali o que possui, o que gostaria de adquirir e coloca detalhes em relação à sua negociação – se está disponível para trocas, qual tipo de envio prefere etc. Olha só o perfil do Cerejeira Brechó:
No caso específico da Anna, ela negocia tudo pelo orkut e pelo MSN com pessoas de todo o Brasil e além disso participa dos encontros de brechozeiras de Porto Alegre, que acontecem toda semana no Mercado Público. Lá todo mundo leva a sua sacola cheia de produtos, e a sala dedicada ao encontro torna-se um verdadeiro feirão. Semana passada eu fui dar um confere, e vi que a coisa é bem séria:
Muita gente ali leva a atividade a sério. Segundo a Anna, uma grande dedicação pode gerar até R$200 de lucro por dia em brechós fixos (como na foto acima) ou por mês em um virtual. Não é o caso dela, que encontrou no brechó apenas uma forma de se livrar das roupas inutilizadas em casa e renovar seu guarda-roupa de forma ou gratuita ou muito barata. Geralmente uma blusa custa de R$3 a R$5; um vestido, R$10, assim como bolsas, óculos. “É como se fosse um escambo, a gente pode negociar sem precisar de dinheiro, e isso é legal porque não fomenta o capitalismo. E depois que eu comecei a negociar com os brechós, aprendi a valorizar muito mais as roupas, saber quanto cada uma custa, o preço que elas merecem.”
A gente fofocando na entrada do Mercado Público (e eu com a minha sacolinha).
É claro que para conseguir boas peças é necessário garimpar bastante (tanto pela internet quanto nos encontros). Encontram-se muitas coisas velhas demais, em péssimo estado, mas os brechós são verdadeiros tesouros. Como disse uma brechozeira no encontro, o que é feio pra você sempre vai ser bonito pra alguém. Então já sabe: aquela sandália da Wanessa Camargo que você usava aos dez anos, aquelas roupas cafonas que a sua sogra lhe dá e diz que são a sua cara, as meias de presente de aniversário e Natal já têm um destino. E o legal é que, nesse passa e repassa, você quase nunca sai com as mãos vazias!
Pra quem não acredita na eficiência desse mundo, seguem alguns looks das melhores aquisições feitas por ela.
Short de cintura alta (trocado por uma bolsa, mas que custava R$8 no Bazar da Jujuba) + regata da Renner (trocada por duas pulseiras, mas que custava R$5 no Goldem Trocas e Vendas) + bolsinha de motivo hindu (R$5 no D’Antiquités Brechós e Sebos de Palmeira das Missões-RS) + sapato (R$5, em um brechó beneficente em Canoas):
Vestido (comprado por R$5 no Coisas de Brechó) + bolsa ecológica (trocado por uma blusa no Brechó Segredo):
Saia (trocada por uma legging arrastão, mas custava R$10 no Tetelestar) + Corpete (novo, de uma marca famosa, trocado por dois vestidos, que custava R$40 no O TAL BRECHÓ, de Ribeirão Preto-SP):
Vestido (trocado por dois DVDs no D’Antiquités, mas o vestido pertencia ao Brechó Morena Poa):
Vestido/ blusa (Bárbara Shopping, R$5) + bolsa (R$15, no Brechó Chez Moi):