30 de novembro de 2013

Brasil Fashion Pobre backs from ghetto!

O Brasil Fashion Pobre foi uma das coisas mais divertidas que eu fiz na vida. Durante os mais ou menos dois anos de atividade do blog, foi muito bacana ver o retorno dos leitores - tanto os positivos quanto os negativos - e também perceber como o olhar sobre todas as coisas ao meu redor passava a ter outra perspectiva, sempre mais crítica.

Sair correndo na hora do almoço pra tirar fotos das lojas, conversar com as proprietárias e vendedoras, chegar em casa à noite e escrever o post... Frenético, mas satisfatório.

Quando me mudei para um Rio, não consegui conciliar a nova rotina e manter a "vida dupla" de blogueira, mas, depois de mais de um ano de inatividade, confesso que escrever aqui tem feito uma falta do caramba...

Unindo esta falta à ajuda de muitos amigos - que ora comentam que o blog deveria voltar, que se dispõem e contribuir de alguma forma - e ao ensejo das promessas de final de ano, decidi: essa é a hora de retomar com toda a força!

Por isso, está firmado aqui o compromisso: daqui a alguns dias teremos cara nova e domínio novo também. Não deixem de curtir a página no Facebook, clicando aqui.

É isso, galera! Té já!

26 de julho de 2012

Unhas postiças pra quem não levou porrada

A ansiedade é uma das grandes enfermidades do século XXI, um dos males da pós-modernidade. Em alguns casos trata-se de um estado comportamental oriundo de uma circunstância muito específica, mas na maioria das vezes nada mais é do que o resultado de uma rotina cada vez mais imediatista, competitiva, exigente e estressante. Dependendo do grau, ela pode ter origens biológicas, neurológicas e ser considerada realmente uma doença. Para ambos os casos existe tratamento: antidepressivos, ansiolíticos, psicoterapias, musiquinhas bolivianas e sons de cachoeira etc. 

Bob Marley é um dos maiores expoentes de métodos ansiolíticos

Claro, tudo isso se você não tiver sido filho da minha mãe. Pois, neste caso, todas estas características convergem em uma frase apenas: isso é falta de porrada

Mas sabe-se lá por quê, apesar de todas as lições, comecei a roer as unhas aos dez anos e nunca mais parei. O ato de roer as unhas - clinicamente chamado de onicofagia - é uma das principais características de pessoas ansiosas. Ao menos posso me autodeclarar uma pessoa definitivamente moderna até mesmo nos males crônicos, pois poderia parecer da tísica, mas cresci ansiosa. 

Agregando minha modernidade à tradicional criação da mamãe, para inibir o hábito e acabar com a aparência tão desagradável das unhas, resolvi mudar: decidi fazer as aplicações da tal de unha acrigel! Mas os preços não são muito convidativos, além do fato de a duração não compensar, sobretudo considerando o valor da manutenção, que deve ser feita periodicamente. A alternativa seriam as unhas postiças. 

Mas unhas postiças, além de serem muito extravagantes, vivem caindo. 


Alcione e suas unhas

Certo? 

Pois é, não necessariamente.

Conversando com uma manicure da Fing'rs, descobri uma infinidade de unhinhas discretas com formatos diversificados, adaptáveis a cada mão (eu, que só conhecia aquelas unhas que vêm em saquinhos e custam em média um real, achei uma grande novidade, rs) e, mais do que isso, uma cola que realmente não deixa a sua mão na mão: tem uma durabilidade satisfatória, que chega até a uma semana, permitindo que possamos lavar os cabelos, a louça etc. 

Isso quebra pra-ca-ram-ba o galho, além de praticamente acabar saindo mais barato do que um serviço de manicure para aquelas que levaram porrada suficiente, digo, para quem não rói unhas e tal. 

A caixa com 24 unhas da Fing'rs custa em média R$12, e a cola, da mesma marca, que rende dezenas de aplicações, fica em torno dos R$7. 

Eis uma foto de minhas linhas mãos com as unhas roídas.



Para aplicar as postiças, fiz rapidamente as cutículas, escolhi cada unha que melhor se ajustasse às minhas, cortei e lixei tudo direitinho. 


Comprei três esmaltes para comemorar, mas acabei escolhendo o vermelho Melancia, da Colorama. 

Depois de ajustadas as unhas, coloquei um pinguinho de cola em cada e pressionei uns dez segundos, até que ficassem grudadas por completo. 


E, pra finalizar, o esmalte, passado normalmente. 



Escolhi um tamanho curtinho pra dar naturalidade. A cobertura não ficou tão boa, mas o problema não é do produto e sim da (falta de) coordenação que me assola. 

Pra você, que não levou laço na vida, solução boa, bonita e mais barata que uma caixinha de Rivotril, hein?

24 de maio de 2012

Coluna no Lola Cultural: olha lá!

Quem está ligado em produtos para cabelo certamente já ouviu falar na Bed Head, uma marca inglesa de creminhos, xampus e afins que, além da qualidade, se destaca pelo estilo moderno de suas embalagens, pelo cheirinho maravilhoso que deixa no cabelo e também – talvez principalmente – por representar um produto praticamente inacessível, quase um sonho de consumo para a maioria das pessoas, devido ao altíssimo preço.



Hoje recebi um email da Dandara, que trabalha na parte das mídias sociais da marca Lola Cosmetics, me convidando para escrever na coluna Lola Cultural. Bem, mas o que a Lola Cosmetics tem a ver com a Bed Head? É que os produtos da Lola têm embalagens divertidas, modernas, que por vezes remetem às da marca inglesa, e a reputação da Lola – marca brasileiríssima – é das melhores.

Quem quiser dar um confere na coluna, é só clicar aqui. Lá eu falo sobre a importância da moda no dia a dia, minha relação com a moda e, é claro, sobre o Brasil Fashion Pobre.

Lá no site você também pode ver onde há os produtos para venda e escolher a linha que seja mais adequada aos seus cabelos.



E, é claro, nada melhor do que dar preferência a uma marca brasileira, incentivando a produção nacional de produtos de qualidade!

4 de abril de 2012

Moda Mercatto!

Semana passada o Brasil Fashion Pobre completou dois anos de existência, é muito amor! Nesse entrementes, com altos e baixos, acho que é possível dizer que o balanço é positivo, afinal, estamos aqui firmes e fortes. E vai aqui um muito obrigada às leitoras amigas! Brigada, gentem!

Aliás, aproveitando o momento de agradecimento e de reflexão, eu estava pensando em algumas repercussões que ele gerou ao longo desse tempo, principalmente por causa do subtítulo: "A moda do pobre brasileiro". Já vieram perguntar o porquê de eu não postar aqui o estilo ném, ou de eu não dar ênfase à moda piriguete, já que se trata da moda do pobre brasileiro. Na verdade a intenção do blog nunca foi criar estereótipos para "o pobre", e sim mostrar algumas opções de roupas e objetos que possam ser alternativas interessantes e com preços decentes para pessoas pobres como eu. E a palavra pobre usada não no sentido pejorativo, nem vitimizador: apenas representando pessoas que trabalham à beça, precisam pagar suas contas e não vão despender metade do seu salário em uma roupa, visto que, com bom-senso, paciência e criatividade, é possível se vestir de forma confortável e compatível com seu estilo sem se escravizar por nada nem comprometer o orçamento. Era isso, rs.

Aproveitando o embalo, hoje vou falar de uma marca que conquistou meu coração há pouco tempo: a Mercatto. A Mercatto é o tipo de loja que capta as tendências que estão rolando, mas ao mesmo tempo não fica completamente presa a elas (muito embora em cada coleção haja estampas e peças muito próprias, as lojas sempre apresentam peças básicas de bom gosto), oferece tamanhos democráticos para o padrão brasileiro, tem cortes maravilhosos que valorizam o corpo, é uma marca consolidada com quase vinte anos de mercado e com lojas em todo o Brasil e, apesar de tudo isso, tem preços muito honestos e compatíveis com o material ofertado. Ninguém se sente culpado por pagar uma fortuna por um pedaço de pano porque lá um pedaço de pano tem um preço justo. Que assim continue sendo!

Para comprovar as características elencadas acima, vou mostrar algumas aquisições minhas da Mercatto.

Esta foto é um vestido da nova coleção. Vejam como o corte favorece a cintura e disfarça o excesso de peso. As mangas bufantes dão um ar elegante, o que possibilita o seu uso em ocasiões formais.



Vestido Mercatto R$42,90
Melissa UltraWedge (genérica) R$39,90
Bolsa Metropolitan Museum of Art (presente da Mari)
Colar do Saara R$1,99

Na formalidade mais estilo escritório, comprei anteontem esta pantalona maravilhosa. Nesta foto coloquei a calça sobreposta à camisa, mas fica ótima por baixo também, fazendo o cós baixo. A cabeça cortada ficou por conta do automático da câmera e das caixas de leite que não deram conta do recado.



Calça Mercatto R$49,90
Camisa Mercatto R$25,90
Bolsa Marisa R$59,90
Sapato (não aparece, mas era a Melissa UltraGirl, presente de uma amiga)
Colar que mamãe trouxe da Bahia

Saindo da formalidade, a regatinha verde é ótima para um dia quente. Na composição, com a bermuda com corte de alfaiataria, chapéu e chinelos, cabe muito bem em um passeio por esta cidade mais linda. Mas tanto a bermuda de alfaiataria (que na verdade era uma calça bag, de skatista, dos meus idos tempos, que mamãe reformou) como a regata também compõem ótimos looks para o trabalho.



Calça: mamãe que fez
Regata Mercatto R$19,90
Havaianas do Guga
Chapéu de um camelô na Feira do Blvd. Edgar Quinet 5
Colar da Feira de São Cristóvão R$8

E, para finalizar, uma das peças-chave, carros-chefes de coleção. Um vestido da coleção do ano passado, que tem uma abertura ótima nas costas, um corte muito bom, mas que infelizmente a estampa vulgarizou e todo mundo vivia se esbarrando pelas ruas como par de jarra.



Vestido Mercatto (não lembro o preço, acho que R$39,90)
Melissa Trupe + Alexandre Hercovitch R$70

A Mercatto é uma dessas marcas que comprovam que não é necessário muito para compor looks bacanas, que lojas de shopping não precisam ser abusivas pela mera justificativa de serem de shoppinge que não é preciso ser uma modelo pra comprar roupas da tendência. Uma verdadeira compatibilidade com os valores do Brasil Fashion Pobre.

Agora, depois desse merchan todo, eu bem que merecia um brinde, né verdade?

13 de março de 2012

Sem roupa pro casamento - um look rock and roll

Dia desses foi o casamento de uma amiga queridíssima, a Natália (pausa para comentar o casamento, um loosho que só, com comidinhas maravilhosas, decoração de bom gosto, companhias melhor ainda e um ar-condicionado divino que revigorou os convidados daquele calor do capiroto que fazia em São Gonçalo). A festa era esperada há bastante tempo por diversos motivos: da minha parte sobretudo pelo fato de sermos amigas desde a época da escola – a saudosa ETEAB – e ser particularmente emocionante ver uma amiga crescer, e por se tratar do primeiro casamento de uma pessoa importante desde que eu voltei para o Rio.

Como eu já havia dito aqui uma vez, o problema é que me falta paciência para essas firulas de arrumações festivas, e, quanto menos trabalho der o visual, melhor. Para não repetir a roupa do recente casamento ao qual eu havia ido, ligeiramente assolada pelo medo de ser marcada nos álbuns alheios do Facebook com o mesmo vestido em dois eventos distintos e sem dinheiro pra comprar outra roupa, o negócio foi ver o que tinha em casa mesmo: uma blusa pretinha de algodão com pedrinhas pretas e brilhantes, comprada na Liquidação a Preço de Banana por menos de R$10, e uma calça social preta. Tudo muito básico e apropriado.



Eis que então ocorreu o erro no qual ninguém nunca deve cair: a roupa, que estava pensada há semanas, só foi ser realmente provada na hora da arrumação para a festa. Ou seja, não foi provada, foi vestida mesmo. Foi aí que percebi que a blusa, comprada na grande liquidação da Marisa, possuía o número 48, e não havia linha, fitinha de cetim, alfinete ou outro método que disfarçasse o seu tamanho desproporcional, pois o tecido ficava todo marcado e com aquela cara de cambalacho. O comércio na rua estava fechado, e à minha frente o que se abria era um abismo jamais imaginado antes: eu não morava mais na casa da mamãe para pegar as roupas dela.

Assim a ideia foi criar mais um improviso, desses que a gente disfarça pra dizer que quis fazer daquele jeito mesmo. A solução surgiu a partir da composição de um look rock and roll: um vestido preto básico com a saia evasê, que (dizem) disfarça as gordurinhas e tem um ar meio 50’s; uma bolsa pequena preta com detalhes em HQ, nada apropriada para um casamento, e um mary jane preto. Maquiagem carregada e cabelos presos para cima. E o Guga, que só tinha providenciado um terno, ficou de calça jeans, All Star de couro e camisa dos Beatles. Tudo muito rock and roll e com aquele ar de transgressão.




Look completo, com os clássicos óculos do Saara.


A ideia de compor um look em casal sugere um conjunto, uma unidade no estilo. Isso, no caso do improviso ou não, deve fortalecer o argumento de que se trata de uma atitude deliberada; trata-se de imprimir a sua marca natural e cotidiana em um formato que se diz padrão: é criar uma transgressão intencional às regras estabelecidas (de querer quebrar os paradigmas em um casamento ou qualquer evento formal). Isso não significa que estando sozinho não seja possível criar um look e mostrar bastante atitude. Em um outro casamento, cheio de pompa e ostentação, vi uma moça com um vestido indiano e cabelos soltos partidos ao meio. Como não a conhecia, não sei se ela passara por semelhante perrengue e tentou dar aquela disfarçada ou se ela de fato quis fazer a diferença e marcou sua personalidade com estilo, sem perder a elegância. E ficou ótimo! Também me lembrei da Renata, leitora deste blog, que não curte o estilo urbano e mais se identifica com o esquema prenda de CTG. Tudo é uma questão de adaptação, se possível sem perder o bom-senso.

31 de janeiro de 2012

Loosho & Poder na Citycol



Existe um conjunto de itens consagrados como presentes que ninguém mais quer ganhar, tais como cuecas, lenços e meias; para além destes, há também aquelas roupas cuja procedência vem acompanhada sempre de um tom chistoso pela pessoa que vem a ganhá-la: "Ialá, presente da Sai de Baixo!!!". Do contrário às reclamações da maioria das pessoas, o desagrado neste caso é maior pela falta de criatividade no repertório escolhido pelo presenteador do que pela loja de fato. É ver pra crer: quem opta por uma loja de apelo popular quase sempre acredita que nela só é possível encontrar short de tactel, legging florida, e blusa com paetês e buracos no meio. O problema, na maioria dos casos, está na falta de paciência e de criatividade de quem adentra esses estabelecimentos.


Uma dessas lojas é a Citycol, presente em quase todos os calçadões da cidade. Como eu havia feito a comparação no post sobre a Sul Center Fashion, em Porto Alegre , a Citycol geralmente é pequena, porém numerosa e tão popular quanto a outra loja. Mesmo sendo eventualmente citada como loja de baixa qualidade, possui uma diversidade considerável em estilo e variedade nos preços (praticamente todos baixos). Garimpando bem, que mal tem?




Para se comprovar o sucesso da loja, cito um fato: em São Cristovão há um largo muito conhecido, chamado Pedro Lobianco. Fica no meio de duas avenidas de grande movimentação - a São Luís Gonzaga e a do Exército. Além disso, o largo serve de passagem para o estádio do Vasco, a Feira de São Cristovão, o largo da Cancela, o Colégio Pedro II e a Linha Amarela, o que de certa forma autoriza a existência de um diversificado e farto comércio. Mas se você perguntar a alguém onde se encontra o tal do largo Pedro Lobianco, ninguém saberá indicar. Simplesmente porque ele é conhecido como o larguinho da Citycol, loja existente dentre inúmeras outras por ali.

Há um tempo eu estava querendo comprar um vestido desses cuja parte de baixo é de uma cor, e a de cima, de outra, sugerindo a combinação de vestido+blusa. Mais ou menos como a combinação clássica das eternas litras consagradas pela Coco Chanel:





Os preços no entanto me desanimavam, e eu acabava não investindo no item. Passeando pela Citycol na tarde de hoje, eis que me deparo com um vestido muito simpático e com o valor mais simpático ainda: custando menos do que a metade do valor de vestidos em lojas, digamos, convencionais, este saiu pela belíssima bagatela de R$19,90. A combinação que fiz com um colar verde, sandália e bolsa vermelhas fugiu um pouco da sobriedade sugerida pelo p&b do vestido.





E, falando em listras, estas não saem nunca da tendência justamente pela sua versatilidade e pelo ar sofisticado. Com boas composições, é possível fazer desde um look básico até um mais chique.





E foi também lá na querida lojinha que encontrei uma variedade infinda de regatas listradas por atraentes R$7,99. Confesso que, com este jeans que vesti para a foto, achei a combinação muito simplória e não gostei muito, mas imaginando esta mesma blusa com outros componentes certamente sai coisa melhor. A calça é da Renner, e o sapato é uma Melissa Ultra Gareth Pugh.





E, por fim, outra tendência escondida nas ararinhas. Estampas floridas e frescas têm sido resgatadas nos últimos tempos, e o short-saia, que me parecia ausente desde os áureos tempos de infância, também.




Adotadas até mesmo por celebridades lindas e escovadas, no mundo real o short-saia também é possível (bem menos glamouroso, rs). Neste calor do capiroto, além de sugerir um frescor pela estampa, a saia (R$14,90), junto com um oxford básico (este, da DiSantinni, R$19,90) também cria um ar romântico.





E com menos de uma oncinha, três itens novos no armário e ótimas possibilidades de combinação. Tá vendo? Quero ver agora quem é que vai fazer cara feia com as etiquetas da Citycol.

18 de dezembro de 2011

A versatilidade como uma necessidade

Muito se fala na importância da versatilidade no dia a dia, em diversos âmbitos da vida: os profissionais cada vez mais precisam se mostrar versáteis em seus trabalhos; as crianças e suas multifunções já nascem com uma tendência hiperversátil e hiperativa; as mulheres, sobretudo, precisam lidar com muita versatilidade no cotidiano e ainda terminar o dia com aquele sorriso bonito típico de quem cuida da carreira e é mãe e gere a casa e é cônjuge e cuida da aparência e está tudo bem etc. Como a moda imita a vida (livre adaptação), não seria diferente: estilo e praticidade andam quase sempre juntos, e peças versáteis são queridas pela simplicidade, por atenderem ao nome de coringa e serem facilmente adaptáveis. Exemplos clássicos são a calça jeans, a regata branca e o vestidinho preto, que, junto a acessórios bem-escolhidos, compõem visuais desde os mais simples até os mais sofisticados.


Audrey Hepburn com um pretinho básico numa composição muito luxuosa e atemporal; imaginem este mesmo vestidinho sendo usado com colares compridos artesanais, sem as luvas, sandália sem salto e cabelos soltos?

O mais curioso de tudo é que encontrar a tal da versatilidade, no entanto, às vezes acontece mais por uma questão de necessidade do que pela vontade propriamente dita. Faz pouco menos de um mês que eu me mudei - na verdade voltei - para o Rio de Janeiro. Sem residência fixa (hospedada na casa da madrinha, na casa do pai...), andando sempre com um kit de itens essenciais e aquela mudinha de roupinhas, aprender a lidar com a limitação é uma obrigação. Um exercício. Um dia desses, percebendo o meu rodízio de roupas, cujo ciclo de repetição não era
muito distante entre a primeira e a última peça, a minha madrinha me ofereceu um vestido emprestado. Qual não foi a minha surpresa ao observar como aquela peça poderia se transformar em outras!


Sendo o vestido um compridão de malha azul-marinho, saí no primeiro dia com a versão, digamos, original, e a composição básica: o vestido, um colar e uma bolsa colorida.



Colar da Renner (presente da minha irmã)
Bolsa de banana (Babilônia Feira Hype): R$50
Melissa UltraGirl Amazonista: R$90
Vestido da madrinha (emprestado e de procedência desconhecida)

Saias longas sempre foram símbolo de muita elegância, mas nos últimos tempos se tornaram moda e caíram no gosto do povo. Mas no caso de não se ter uma saia longa em casa, o vestido longo surge como uma ótima opção de improviso e uma peça nova.

Aqui, já que optei por uma faixa no cabelo e não coloquei um colar grande para não carregar nas informações. Uma blusa vermelha, longuinha (para alongar a silhueta que já está meio abarrotada, rs), combina com a faixa e dá um pouco de cor, contrastante com a sobriedade do vestido, digo, da saia. A bolsa e a sandália pretas entram como figurantes e devem passar discretamente.

Blusa da Renner: R$19,90
Colar do Cristo Redentor (Feira da Lavradio): R$10
Faixinha de cabelo (presente da minha irmã loura, a Giovana)
Melissa Aranha Quadrada (presente do Guga pela aprovação no mestrado)
Anel (hippie da Praça da Alfândega, Porto Alegre): R$10

Nos últimos tempos surgiu uma nova expressão para a saia longuete (aquela que nem é a compridona mas também não fica no joelho, e sim a uma altura intermediária): saia mimolet. Ainda não usei o vestido-saia desse jeito, mas o tão maravilhoso e referenciado site de street wear RioEtc dá boas dicas de saias mimolet e de combinações com elas. Subindo o cós mais um pouco, acredito que seja possível também fazer do vestido uma mimolet.

E quando eu achava que já havia utilizado todas as possibilidades, a minha própria madrinha contou que ela mesma gostava de utilizar o vestido de uma outra maneira: fazer dele um vestido curtinho. Prendendo a parte do meio com um cintinho, com uma sandália rasteira de couro, ele fica mais acinturado e despojado.


Então o negócio é repensar a famosa frase "não tenho roupa" e tentar multiplicar suas peças aí, pois além de praticar a humildade também exercita a criatividade. Em quaisquer dificuldades para isso, passar um tempo com uma mudinha de roupas também é uma boa opção: fica a dica, hehehe.

28 de novembro de 2011

Um sonho pra quem sonhar em Madureira!

O bairro de Madureira possui um papel de destaque na história da cultura popular brasileira. Berço de escolas de samba como Império Serrano e Portela (e a Tradição que é filha da Portela e fica ali no Campinho, é quaaaaase Madureira), ficou famosa na voz de célebres intérpretes como Paulinho da Viola, Zeca Pagodinho, Roberto Ribeiro, João Nogueira (e seu filho), além de também ter o famoso e antigo baile black sob o Viaduto Negrão de Lima que atrai diversos apreciadores do gênero.

No entanto, para além da vida e da história cultural no bairro, Madureira é um microuniverso do consumo. Não importa o interesse principal do consumidor: se o objetivo for mobiliar a casa, renovar o guarda-roupa, abastecer a loja ou a despensa de casa, passear, fazer um lanche, garimpar roupinhas espertas, procurar por instrumentos musicais... realmente não importa. Madureira de fato é uma opção perfeita para ótimas compras.

Jegging: a jeans misturada com legging; muito conforto por apenas R$4,00 no varejo

No meu primeiro final de semana no Rio de Janeiro, é claro que o roteiro Fashion Pobre da vez foi dar um confere neste bairro que tanto me traz boas recordações. Na manhã deste último sábado, peguei uma kombi boladona, desci na Estação de Madureira e fui caminhando muito contente até o Mercadão:


O Mercadão de Madureira é considerado o maior mercado de compras populares do Brasil. Inaugurado no começo do século passado, sua atração inicial eram apenas os produtos agrícolas, tendo ele expandindo os seus negócios algumas décadas depois. Atualmente são vendidos lá animais de pequeno porte, roupas de diversas procedências, artigos para o lar, objetos para atacado, produtos de beleza, alimentos, instrumentos religiosos, tudo com preços muito, muito atrativos.


Loja de bebidas finas

Salão de beleza concorridíssimo

Parte central do Mercadão

Também seria possível afirmar que o polo gastronômico de Madureira é farto e diversificado. Após percorrer a extensa rota de consumo, renovar as energias é muito importante, e se o preço for igualmente camarada e o cardápio rico, melhor ainda.

Quem já ouviu falar na famosa salsicha bock, a salsicha que tem o sabor da Alemanha, e não ficou com vontade de viajar até o país do Goethe para sentir o tal sabor da salsicha? Pois é, não precisa ir tão longe: é só pegar uma kombi, um ônibus ou um trem e descer em Madureira! É claro que você pode desfrutar das inúmeras opções de joelhos com caldo de cana e dos demais salgados acompanhados de refrescos ou guaraná natural, mas lá, além de ser oferecida a kafta, o típico prato árabe, e o queijo coalho, iguaria proveniente do Nordeste brasileiro, é possível encontrar a preços módicos o famoso salsichão, cujo sabor equivale ao da salsicha bock e, por oferecer as opções de farofa e molhos diversificados e banir aquela mostarda ingrata que anula o paladar - e todos os outros sentidos - de um ser humano, é de grande valia.



Para acompanhar, um suco de fruta pura, bem geladão, que repõe as energias e dá um frescor para o resto da caminhada:


Ao ir embora, consegui comprar uma saia de estampa liberty por R$10 e uma camiseta preta com mangas rendadas, dessas que a gente certamente pode usar em uma ocasião formal, pelo mesmo preço. O look fica para uma próxima. Existem ainda incontáveis facetas a serem desbravadas em Madureira. Pra fechar um post sobre Madureira, só usando Arlindo Cruz mesmo: tem mil coisas pra a gente dizer, o difícil é saber terminar, Madureira, lá, laiá.

16 de agosto de 2011

Compras espertas de inverno

O inverno teve seu início em junho e podemos dizer que seu auge mais ingrato foi no mês passado, com alguns revivals de ingratidão ainda agora e ocorrência de neve de vez em quando.

Muito embora aqui na região sul seja mais possível de perceber do que em outros estados esse contraste climático entre as estações, lojas como a Leader Magazine puseram à venda casacos inimagináveis de serem usados no inverno fluminense. Ou seja, independentemente da inviabilidade atmosférica, os nossos estilistas provam que nada impede que se caia uma nevasca em Bangu, por exemplo, e que em qualquer lugar do Brasil seja possível usufruir da mesma moda que no Québec.




Que legal, isso quer dizer que é hora de sair às compras! Fazer compras no auge do inverno significa renovar o estoque de casacos, certo? ERRADO! Significa renovar o estoque de roupas para o verão, afinal é agora que todas as regatinhas e shorts e vestidinhos das coleções passadas estão na terceira ou quarta remarcação, e os descontos, imperdíveis. A hora de renovar o estoque de casacos e blusões de lã é mais ou menos quando a temperatura atingir os 45oC (pois agora em Bangu, no auge do inverno, os termômetros marcam uns 37oC ou 38oC).

Um achado espetacular foi das lojas C&A. Este macacão de algodão, que estava quase no terceiro dígito, foi remarcado para R$9,90. Perfeito para os dias quentes, é um verdadeiro coringa: rosinha-claro, combina com desde sandálias de couro até Melissas coloridas, acessórios de artesanato e outras bijuterias. Uma peça bacana para ir ao trabalho, por exemplo, ficando fresquinha e sem parecer de um todo derrotada com o calorão.





Macacão da C&A R$9,90
Melissa Ultra R$90
Bolsa da Marisa R$59,90
Colar da Renner R$10
Tapetinho do banheiro R$1,99

(Gente, fica aqui registrado um muitíssimo obrigado à minha mãe, que comprou pra mim o macacão em um momento em que nem dez reais eu tinha na conta! Mãe, te amo!)

O outro achado foi super primaveril: uma saia florida e esteticamente alegre da lojas Marisa, que, por conter em suas flores uma paleta diversa de cores, combina com várias regatas, além de poder ser usada inclusive nas meias-estações, com meias-calças e cardigans jogados por cima. Todos sóbrios, lógico, pra o look não ficar muito circense. Essa combinação que fiz foi pensando justamente nisso - na meia-estação -, mas não paro de pensar em como ficaria linda com um chinelinho e uma regata leve, num passeio sob o sol da Lavradio!



A saia estava com um desconto de 50%, e o preço original não chegava à nota da oncinha, mas quem resiste a uma oferta boa, bonita e barata, de dezenove e noventa?

Saia florida da Marisa R$19,90
Regata da Riachuelo R$19,90
Cardigan da Marisa R$19,90
Meia-calça fio 40 da Lupo R$9,90
Melissa Severine R$70
Bolsa da Taco R$39,90
Colar da Feirinha da Lavradio R$10

É importante que não se caia nas armadilhas das compras inúteis pelo impulso dos preços baixos, cujas ciladas já tínhamos comentado aqui. E certamente tal prática estimula não somente a economia e a criatividade (além de ser bem divertido!), mas a paciência também, afinal de contas, esperar por meses para usar uma roupa nova exige a calma de um monge tibetano. Mas confesso: que vontade de voltar correndo pra Bangu!

9 de fevereiro de 2011

Varal de calcinhas

Gente!

Voltei!

O Brasil Fashion Pobre não morreu, não, meu povo! Passou por exatos quatro meses de abstinência, uma espécie de coma, num período de sumiço que se justificou por uma oscilação que ia desde a total falta de tempo até a mesma completa falta de saco. Peço desculpas às que pensaram que ele não voltaria do estado vegetativo, mas, como o show tem que continuar (lalaiá lalaiá laiá...), cá estou!

Então vamos ao que viemos.

Pois é, eis que o ano começa (se é que dá pra considerar que 2011 ainda esteja no começo, mas vá lá...), e tudo neste mundo entra em um estado divino de liquidação. A diferença no movimento em lojas entre as vésperas de Natal e Ano-Novo e os dias que os sucedem é algo impressionante, e não entendo como ainda há quem lote os shoppings e outros estabelecimentos comerciais naqueles dias. Quer dizer, ninguém nunca pensou que TUDO fica mais barato depois? Quem não vive na dependência da última coleção e tem paciência de fazer uma garimpada consegue grandes ofertas agora neste período. Além de haver menos filas, menos disputas para tudo...

A de hoje - a oferta mais fresquinha, comprei tudo hoje mesmo - foi um chamado que recebi quando estava passando pelo Centro de Canoas; sabe-se lá por que resolvi descer do ônibus pra caminhar pelo calçadão. Neste calçadão, que, segundo meu ex-cunhado, mais se assemelha ao Centro de Nova Iguaçu, há uma Marisa dedicada somente para lingeries, e eis que lá havia um arsenal com a maior variedade de calcinhas ao módico valor de CINCO E NOVENTA!





Não resisti e fiz, como dizem os gaúchos, meu rancho. Já que a Mari fez as comprinhas de roupas-brancas na Victoria's Secret em Nova York, eu, que nem Madureira tô podendo mais, fui de Calçadão de Canoas mesmo. Mas fiz bem: montei um varalzinho aqui no quintal com as calcinhas mais fofas:



Pra vocês terem uma ideia, há calcinhas para todos os gostos e todas as ocasiões. Detalhe para a preta rendada, que vem com aquele trocinho de elástico que a gente põe na perna (gentemmmmm), aquela que mais parece um shortinho e para a estilo bunda-rica, que mais comprei por me remeter à época da infância, em que usávamos aquelas calcinhas com um espaço enorme para a fralda, disfarçado com fru-frus. O resto bem basicão mesmo.




Mas é isso aí. Feliz 2011 pra todo mundo etc e tal. Coloquem novamente o Brasil Fashion Pobre em seus favoritos que daqui não saio, daqui ninguém me tira!

9 de outubro de 2010

Camisetas que dizem tudo - John Lennon

Hoje vou iniciar uma categoria de posts chamada Camisetas que dizem tudo. Serão sempre camisetas cujo valor da estampa é maior do que a camiseta em si, com a explicação dessa estampa e uma sugestão de look.

Tudo o que veste uma pessoa pode ser significativo em relação à representação de sua personalidade, de sua rotina, de seus hábitos, de seu estilo de vida: uma calça encardida, uma dependência extrema dos últimos lançamentos da moda, o tamanho da saia, as cores no guarda-roupa etc. E, nesse mundo de representações através da roupa, as camisetas com dizeres ou figuras muitas vezes servem como uma forma de comunicar aos outros os seus pensamentos e filosofias de vida: "denunciam" de qual banda você é fã, pra qual time você torce, mostram seu bom humor, seu humor negro, suas inclinações políticas...

E, num dia 9 de outubro, no blog de uma beatlemaníaca como esta que vos bloga, nada menos inesperado que o primeiro post fosse dedicado ao Cara que estaria completando setenta anos: John Lennon \o/



Pois é, neste caso dispenso demais apresentações...

A camiseta que diz tudo do dia é uma que eu tenho há muitos e muitos anos mas que nunca deixou de passar a mesma mensagem - parece até que cada vez mais seu conteúdo se torna mais pertinente: uma foto do John Lennon com a frase de uma célebre música sua, Give peace a chance.



A camiseta foi uma pechincha fenomenal. Não me lembro exatamente do preço, mas comprada em uma feira de artesanato em Saquarema durante o carnaval, quando eu possuía R$25 para passar cinco dias e usufruir deste valor tanto com comprinhas básicas quanto com caipifrutas e cachorros-quentes, certamente ela custou menos do que dez contos. E essa é uma prova para contradizer quem diz que roupas de grandes marcas são as que duram muito. A camiseta existe em meu guarda-roupa há quase dez anos! Depois de compor looks pseudohippies, servir de camisola, estampar jornal em notícia de passeata no centro do Rio de Janeiro, cá está ela hoje em um look eternamente contemporâneo (a clássica combinação jeans + camiseta branca, com alguns acessórios coloridos):

Calça de uma lojinha da Voluntários da Pátria: R$39,90
Óculos da Espaço Carioca, no SAARA: R$20
Bolsa da Marisa: R$59,90
Casaquinho da Renner: R$15,90
Melissa Desire da Triton: R$70
Minha perninha estilo Ramones: não tem preço

E pra terminar, deixo aqui uma das músicas de que eu mais gosto,
Imagine:

Imagine there's no heaven
It's easy if you try
No hell below us
Above us only sky
Imagine all the people
Living for today
Imagine there's no countries
It isn't hard to do
Nothing to kill or die for
And no religion too
Imagine all the people
Living life in peace
You may say
I'm a dreamer
But I'm not the only one
I hope some day
You'll join us
And the world will be as one
Imagine no possessions
I wonder if you can
No need for greed or hunger
A brotherhood of man
Imagine all the people
Sharing all the world
You may say,
I'm a dreamer
But I'm not the only one
I hope some day
You'll join us
And the world will live as one


Feliz aniversário, John!

3 de outubro de 2010

Brechós virtuais são o maior barato!

Há uns dois anos a minha irmã, Anna Kovsky, resolveu criar um brechó itinerante com uma amiga. Pegaram as roupas velhas que tinham em casa, criaram um blog e divulgaram na rede que todos os domingos estariam em um ponto diferente da cidade vendendo, comprando e trocando vestimentas, sapatos e acessórios. Qual não foi a surpresa das duas quando, no primeiro dia, com tudo já posto em um gramadinho sob a árvore de um parque, apareceu um fiscal da Secretaria Municipal da Indústria e do Comércio e quase confiscou tudo.

Aí passou um tempo, as roupas velhas continuaram aqui em casa, a amiga se mudou e então minha irmã descobriu que existia um mundo paralelo e maravilhoso dos brechós: os brechós virtuais.

O esquema dos brechós virtuais é básico: a pessoa tem um perfil em alguma rede social, divulga ali o que possui, o que gostaria de adquirir e coloca detalhes em relação à sua negociação – se está disponível para trocas, qual tipo de envio prefere etc. Olha só o perfil do Cerejeira Brechó:

No caso específico da Anna, ela negocia tudo pelo orkut e pelo MSN com pessoas de todo o Brasil e além disso participa dos encontros de brechozeiras de Porto Alegre, que acontecem toda semana no Mercado Público. Lá todo mundo leva a sua sacola cheia de produtos, e a sala dedicada ao encontro torna-se um verdadeiro feirão. Semana passada eu fui dar um confere, e vi que a coisa é bem séria:



Muita gente ali leva a atividade a sério. Segundo a Anna, uma grande dedicação pode gerar até R$200 de lucro por dia em brechós fixos (como na foto acima) ou por mês em um virtual. Não é o caso dela, que encontrou no brechó apenas uma forma de se livrar das roupas inutilizadas em casa e renovar seu guarda-roupa de forma ou gratuita ou muito barata. Geralmente uma blusa custa de R$3 a R$5; um vestido, R$10, assim como bolsas, óculos. “É como se fosse um escambo, a gente pode negociar sem precisar de dinheiro, e isso é legal porque não fomenta o capitalismo. E depois que eu comecei a negociar com os brechós, aprendi a valorizar muito mais as roupas, saber quanto cada uma custa, o preço que elas merecem.”


A gente fofocando na entrada do Mercado Público (e eu com a minha sacolinha).

É claro que para conseguir boas peças é necessário garimpar bastante (tanto pela internet quanto nos encontros). Encontram-se muitas coisas velhas demais, em péssimo estado, mas os brechós são verdadeiros tesouros. Como disse uma brechozeira no encontro, o que é feio pra você sempre vai ser bonito pra alguém. Então já sabe: aquela sandália da Wanessa Camargo que você usava aos dez anos, aquelas roupas cafonas que a sua sogra lhe dá e diz que são a sua cara, as meias de presente de aniversário e Natal já têm um destino. E o legal é que, nesse passa e repassa, você quase nunca sai com as mãos vazias!

Pra quem não acredita na eficiência desse mundo, seguem alguns looks das melhores aquisições feitas por ela.

Short de cintura alta (trocado por uma bolsa, mas que custava R$8 no Bazar da Jujuba) + regata da Renner (trocada por duas pulseiras, mas que custava R$5 no Goldem Trocas e Vendas) + bolsinha de motivo hindu (R$5 no D’Antiquités Brechós e Sebos de Palmeira das Missões-RS) + sapato (R$5, em um brechó beneficente em Canoas):

Vestido (comprado por R$5 no Coisas de Brechó) + bolsa ecológica (trocado por uma blusa no Brechó Segredo):

Saia (trocada por uma legging arrastão, mas custava R$10 no Tetelestar) + Corpete (novo, de uma marca famosa, trocado por dois vestidos, que custava R$40 no O TAL BRECHÓ, de Ribeirão Preto-SP):


Vestido (trocado por dois DVDs no D’Antiquités, mas o vestido pertencia ao Brechó Morena Poa):

Vestido/ blusa (Bárbara Shopping, R$5) + bolsa (R$15, no Brechó Chez Moi):

Ou seja, com uma média de R$30, é possível montar um look COMPLETO e ainda se livrar daquelas peças pouco queridas!